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Jamet filma retratos para descobrir vida
DA REDAÇÃO
"Portraits Dansés" (Retratos
Dançados) é uma exposição:
um percurso através de coreografia e vídeo, aliando o trabalho de bailarinos profissionais
e amadores, de classe social,
idade e países diferentes. Jamet
já percorreu oito países
-França, Itália, Brasil, Estados
Unidos, Burkina Faso, Marrocos, Vietnã e Japão.
Onde esteve, filmou em torno
de 20 retratos, para descobrir
em cada indivíduo o foco de vida, sua relação com o corpo,
sua percepção do espaço, seus
medos, suas crenças.
Para compor esses retratos,
Jamet criou um questionário,
que inclui desde perguntas como "três adjetivos para descrever sua cidade" até "qual o mais
belo encontro da sua vida?".
Depois de assistir aos vídeos, o
público é convidado a ver solos
de bailarinos profissionais. Inspirados nos vídeos, eles dançam o amor, a infelicidade, a felicidade, o medo e a esperança.
Em conjunto, os vídeos formam "um catálogo de atitudes,
uma espécie de alfabeto coreográfico de sentimentos e emoções". O trabalho já esteve no
Brasil em maio de 2003.
A convite da Folha, Jamet
respondeu a algumas questões
no estilo "Portraits":
Folha - Qual é o mais belo encontro da sua vida?
Philippe Jamet - A Índia.
Folha - O que é a memória?
Jamet - É o caminho que percorri e que outros percorreram
antes de mim. É o que nos forma através das diferentes épocas, é um leque de experiências
de vida.
Folha - O que é identidade?
Jamet - É de onde eu vim, o
que eu creio e aspiro, o que sou
realmente.
Folha - O que lhe causa mais
medo?
Jamet - Eu.
Folha - Qual é sua maior esperança?
Jamet - Viver plenamente o
que vier -e saber escolher.
Folha - O que se pode dizer
com palavras? E com o corpo?
Jamet - Com as palavras podemos nos exprimir precisamente; com o corpo, a essência
das palavras e as vibrações da
vida.
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