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Crítica
Filme mostra um Daniel Day-Lewis cheio de utopias
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em "O Mundo de Jack e Rose" (Telecine Premium,
13h50), Daniel Day-Lewis é
Jack, o pai que prossegue com a
filha um projeto de vida (e político) que se escoou pelo ralo da
história, o da comunidade alternativa dos anos 60.
Mesmo restrita às cercanias
da fazenda em que vivem, a utopia hippie segue em frente, com
ambos interagindo com a natureza, barrando certos itens de
consumo (como a TV) e até assumindo uma quase relação
marital -jamais incestuosa.
Porém, se o projeto pode resistir em versão "pocket", Jack
não pode lutar contra a biologia: ele morrerá em breve e terá, assim, que treinar sua filhinha de 16 anos para a vida, o
que significa abrir a comuna
para agentes externos. Que estão longe de serem perfeitos (os
filhos geração MTV da namorada de Jack, por exemplo), mas
que têm lá sua beleza, fazem
parte da contemporaneidade.
O resultado disso é soberbo,
porque não será uma guerra
entre dois estilos de vida, mas
sim o casamento de dois mundos diferentes.
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