São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2004 |
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POEMA "Fui monja vestida de negro em labirinto azul. Antes do Ser havia um homem consciente destruindo o lirismo das minhas madrugadas. Estava presente nas conversas dos bares solitárias histórias. Estava presente na fusão dos homens medíocres e dos homens sem cor. Em azul e negro eu vi o esboço de um caso triste, aquele doido procurando as mãos. As mãos que deixara sobre alguma mesa de mármore azulado em algum labirinto azul. Morreu o mundo das monjas. Morreu o mundo das mãos. Sou doida desfigurada procurando mãos mergulhadas em azul. Sou quase morta no descanso estéril da cor negra. Trecho do poema nš 14 de "Presságios" (1950), obra de estréia de Hilda Hilst que será relançada em fevereiro Texto Anterior: Literatura: Discurso de Hilda é o de louco refinado Próximo Texto: Ilustrada: Hilda Hilst é enterrada em Campinas Índice |
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