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ILUSTRADA
Venda do Cirque tem longa espera
Público aguarda até três horas para compra de ingresso de espetáculo
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem tentou comprar ingressos para as apresentações do Cirque du Soleil em São Paulo, que
acontecem em agosto e setembro, passou até três horas na fila
ontem. No primeiro dia de vendas da temporada de "Saltimbanco" -tanto no Credicard
Hall quanto nos postos de venda
da Fnac-, as pessoas se queixaram ainda de que boa parte dos
ingressos para os setores VIP
(cujos preços variam de R$ 220 a
R$ 400) esgotou durante o período de compra exclusiva para
clientes Bradesco Prime. O banco patrocina os espetáculos.
Houve reclamações também
por parte de quem tentou comprar as entradas pelo site Ticketmaster. Não bastasse a falta de
ingressos nos setores VIP, o mapa de assentos reproduzido na
página não permitia a escolha
dos lugares, apenas do setor. Assim, o comprador só descobria
seu lugar após a finalização da
compra.
Na fila da Fnac Pinheiros, a psicoterapeuta Naira Morgado esperou mais de duas horas e meia
para conseguir comprar quatro
ingressos, depois de "fazer revezamento" com seu filho.
Antes de ir para Fnac, onde é
cobrada uma taxa de 20% de
conveniência, a jornalista Cristina Barbosa chegou a ir ao Credicard Hall. Mas desistiu.
"O hall estava lotado, com uma
fila desumana, dando voltas",
queixou-se. No fim da tarde, a
Fnac Pinheiros abriu uma fila exclusiva para idosos, que, no entanto, como havia apenas um
terminal de vendas, teve que se
alternar com a principal.
Procurados pela reportagem,
os organizadores das apresentações brasileiras do grupo não comentaram as queixas até a conclusão desta edição.
Patrocínio polêmico
Como informou a Folha em
reportagem em 26/4, a empresa
CIE Brasil -produtora da temporada brasileira do Cirque du
Soleil, que acontece em SP e no
Rio- foi autorizada pelo Ministério da Cultura a captar até R$
9,4 milhões em patrocínio, através da Lei Rouanet. O ministro
da Cultura Gilberto Gil chamou
de "distorção" a liberação autorizada por sua pasta.
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