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Crítica
Sensação de redundância domina 4º filme da série
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
O diretor McG (que levou a série de TV "As
Panteras" para o cinema) diz a que veio em "O Exterminador do Futuro: A Salvação" logo na sequência inicial,
cujo ápice ocorre em um helicóptero pilotado por John Connor (Christian Bale), o líder da
resistência humana contra as
máquinas nos EUA distópicos
de 2018. Ação, ação, ação.
Há um modo mais simples de
encará-la, sem necessidade de
lidar com informações dos três
filmes anteriores: de um lado,
os mocinhos da resistência; de
outro, os vilões da Skynet, empresa de tecnologia que funciona por conta própria. Mocinhos
querem sobreviver desligando
ou destruindo máquinas, vilões
querem matá-los.
A maneira mais complicada,
no entanto, conduz a remissões
capazes de explicar por que o
guerrilheiro Kyle Reese (o ator
Anton Yelchin, o personagem
Chekov do novo "Star Trek"),
pai de Connor, pode ser mais
novo do que o filho, e por que
ambos encabeçam a lista de cabeças a prêmio da Skynet, entre
outras referências.
Além de tomar cuidado para
encaixar as peças da história
em seus devidos lugares e dar o
pontapé em nova trilogia com
os personagens, "A Salvação"
faz diversos acenos aos fãs, como o retorno de frases-chave (a
mais célebre é "I'll be back", eu
voltarei) e de circunstâncias de
ação, como cenários e estripulias motorizadas.
As conexões se estendem
também a outras mitologias do
universo pop, como as criaturas de "Transformers", que parecem inspirar o desenho de
máquinas cambiantes da
Skynet - conglomerado de
tentáculos ameaçadores que
lembra os piores pesadelos
contemporâneos sobre o poder
de grandes corporações.
Se existem planos para outros dois longas, há um problema comum a primeiros capítulos de trilogias, a inevitabilidade de certos rumos, sem os
quais a história não continuaria. O diretor McG faz as pirotecnias que pode para desviar a
atenção do óbvio, mas prevalece a sensação de que já se viu
quase tudo disso nos três longas anteriores.
Avaliação: regular
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