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CINEMAS/ESTREIAS
Humanos são minoria no novo "Terminator"
Quarto filme da franquia "Exterminador
do Futuro" vê mundo pós-apocalíptico
Na pele de John Connor,
Christian Bale tenta salvar
raça humana em produção
milionária dirigida por
McG, de "As Panteras"
LUCAS NEVES
ENVIADO ESPECIAL A ALBUQUERQUE
(EUA)
Na ficção de "O Exterminador do Futuro: A Salvação",
quarto filme da franquia, corre
o ano de 2018. O Dia do Julgamento Final, aquele em que a
rede de inteligência artificial
Skynet dispensou o controle
humano e passou à autogestão,
ocorreu 14 anos antes.
A humanidade, na ocasião,
foi praticamente dizimada pelas máquinas. Quem restou se
esconde em bunkers subterrâneos, túneis ou submarinos.
John Connor (Christian Bale),
perseguido pelos robôs desde o
primeiro filme -quando ainda
estava na barriga da mãe, Sarah-, será o líder da Resistência e principal estrategista de
um plano para invadir a sede da
Skynet e libertar reféns.
Na realidade do set de "Exterminador" (até onde isso é
possível, bem entendido), é junho de 2008, e um sol inclemente castiga Albuquerque, cidade do Novo México cujas paisagens desérticas atraem cada vez mais produções de Hollywood. Sem falar na isca lançada
pelo governo do Estado, que
ressarce 25% dos gastos com as
filmagens locais.
Na chegada ao estúdio, às
13h, a comitiva de jornalistas
estrangeiros é avisada de que
mister Bale não falará. "Ele é
um "method actor" [ator de método]", justifica a assessora, referindo-se à técnica realista de
interpretação difundida pelo
Actor's Studio. Até as 22h30,
quando terminarem os trabalhos do dia, Bale andará em linha reta várias vezes entre o estúdio e seu trailer, sempre cabisbaixo e sem dar um pio.
Meses depois, quando chega
a notícia de que ele soltou os cachorros para cima de um diretor de fotografia que estaria
mal posicionado no set, tem-se
uma pista de seu real "método":
à base de catarse.
Para compensar a mudez do
astro, a assessora alista um batalhão. Martin Laing, o diretor
de arte, mostra a nova geração
de exterminadores: há "hydrobots" (máquinas aquáticas na
forma de enguias), "mototerminators", T-600's (antecessores do T-800 que Arnold
Schwarzenegger "interpretava" nos três primeiros filmes).
O figurinista Michael Wilkinson conta que pesquisou
exércitos de resistência do
mundo todo para chegar à indumentária do grupo encabeçado por Connor. O resultado
diz, é uma mistura de "look
Exército com vintage streetwear e referências às vestes dos
povos autóctones americanos".
Só vendo para tentar entender.
No fim da jornada, o diretor
McG (de "As Panteras") diz que
sua ideia era aliar "o pulso de
"Fillhos da Esperança" à rapidez
de "Transformers'", num filme
"com ramificações filosóficas".
"Me interessa investigar onde a ciência acaba e a humanidade, a alma, começa. Não sou
paranoico, mas o mundo está
em perigo. Há o aquecimento
global, a escalada nuclear, a
crescente autossuficiência das
máquinas. Abrimos a caixa de
Pandora... espero que o filme
sirva de alerta."
O jornalista LUCAS NEVES viajou a convite da Sony Pictures
O EXTERMINADOR DO FUTURO:
A SALVAÇÃO
Direção: McG
Produção: EUA, 2009
Com: Christian Bale, Sam Worthington
Onde: em cartaz no Bristol, Eldorado e
circuito
Classificação: 14 anos
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