São Paulo, Sábado, 05 de Junho de 1999 |
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VITORIANAS "O que quero dizer (...) é que os príncipes e as princesas devem ser profundamente bons e compassivos e não deveriam ter o sentimento de que são diferentes, por sua carne e seu sangue, dos pobres (...) e que devem ir até eles (...). Eis o que quero dizer e mantenho que isso é essencial para um príncipe ou princesa de nosso tempo." "Vejo as crianças muito menos, mesmo aqui, de onde Albert muitas vezes está ausente durante o dia. Não encontro prazer particular nem compensação na companhia dos mais velhos (...). É muito excepcional que eu ache as relações íntimas com eles fáceis ou agradáveis." "Que vai ser de nós? De nosso desafortunado país? Da Europa? de tudo. Para todos vós, a perda de um pai assim é totalmente irreparável! (...) E, que me apoiava nele para tudo e para todas as coisas -sem ele não fazia nada, não mexia um dedo, não colocava uma gravura ou fotografia; não punha um vestido nem um chapéu sem seu acordo, como poderia continuar a viver?" "Os tempos mudaram, muito: as grandes alianças estrangeiras são apenas causa de discórdias e inquietações e não servem para nada. (...) Nada é mais impopular aqui e mais desagradável para mim e para meu círculo do que essas longas permanências de nossas filhas casadas no estrangeiro (...). Um casamento inglês reforçaria a influência da família real e lhe infundiria sangue novo e vigoroso, ao passo que todos os príncipes estrangeiros são parentes entre si." Trechos do livro "Vitória", de Anka Muhlstein, que está sendo lançado no Brasil pela Companhia das Letras Texto Anterior: Livro - Lançamento: "Vitória" mostra o verso do conto de fada Próximo Texto: Resenha da semana - Bernardo Carvalho: O sorriso de Sade Índice |
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