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São Paulo, sexta-feira, 05 de setembro de 2003

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POPLOAD

Tee balada

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Pára tudo. Larry Tee está entre nós. O famoso DJ americano, mais conhecido como Mister Electroclash, tocou nesta madrugada para poucos (400 pessoas) no clube Ampgalaxy e repete a dose para muitos (1.200) no charmoso terraço do shopping center Light, no centro de São Paulo.
Larry Tee é o sujeito que buscou o electro na Europa e embalou a seu modo para incendiar a cena nova-iorquina (a sede é o Brooklyn).
Criou clube, gravadora, promoveu as mais badaladas festas e encaixou o Electroclash dentro da fabricação em massa das grandes bandas de rock e dance destes tempos, transformando Nova York no melhor lugar do mundo para música de (retro-)vanguarda.
A "Popload", que não costuma abrir espaço para entrevistas, faz uma concessão hoje. Afinal, é Larry Tee.
 

Folha - Como está a movimentação do Electroclash nos Estados Unidos?
Larry Tee -
No momento, o Electroclash se mostra vital para o que se faz na música underground americana. Ele consegue se expandir enquanto a maioria dos artistas eletrônicos e a música alternativa em geral está vendendo menos discos e atingindo menos pessoas hoje em dia.

Folha - E a cena nova-iorquina da noite, das bandas em profusão, das festas? Continua quente?
Tee -
A música que está sendo produzida em Nova York hoje está mais excitante e melhor do que nunca. A cena noturna, entretanto, está sofrendo pelo controle governamental em cima do cigarro e dos horários de liberação da pista para dançar. Mas ainda assim a cultura dos clubes está crescendo bastante em comparação com o que havia na segunda metade dos anos 90.

Folha - Você tem alguma expectativa em tocar em São Paulo e no Rio e Janeiro?
Tee -
Estou muito contente em tocar por aqui. Fui avisado por amigos que a mais avançada cena de música eletrônica na América Latina está no Brasil. Estou tão entusiasmado em tocar no Brasil quanto em visitar o país como um turista mesmo.

Folha - Você tocava electro puro e agora mixa electro com nomes mais roqueiros como White Stripes e The Rapture. Você acha que misturar tendências é o que embala uma grande pista hoje?
Tee -
É ótimo misturar electro com um pouco de dance rock, rap e elementos inesperados. A pista que eu comando sempre terá essa mescla de gêneros e "tempos".

lucio@uol.com.br


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