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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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FILMES

TV ABERTA

"Arara Vermelha" marca fim da era Maristela

O Professor Aloprado
Globo, 13h10.
 
(The Nutty Professor). EUA, 96, 95 min. Direção: Tom Shadyac. Com Eddie Murphy, James Coburn. Eddie é um professor de química, gordo e triste, que busca e encontra a fórmula que o torne esbelto e feliz. Refilmagem pouco inspirada da comédia de Jerry Lewis.

Arara Vermelha
Cultura, 15h30.
   
Brasil, 57, 115 min. Direção: Tom Payne. Com Anselmo Duarte, Odete Lara. Último filme produzido pela Maristela. A aventura, baseada em romance de José Mauro de Vasconcelos, diz respeito à perseguição pela polícia de um grupo de fugitivos que roubou precioso diamante de um garimpo.

Era uma Vez na China e na América
Bandeirantes, 18h.
   
(Wong Fei-hung chi Saiwik Hung Si). Hong Kong, 97, 99 min. Direção: Sammo Hung Kam-Bo. Com Jet Li, Rosamund Kwan. Sexto exemplar da série "Era uma Vez na China", concebida por Tsui Hark, aqui produtor e roteirista. Desta vez, Jet Li dá com os costados nos EUA, do que resulta uma estranha, porém instigante, mistura de faroeste, kung fu e humor.

A Guerreira
Bandeirantes, 20h30.
 
(Terminator Woman). EUA, 92. Direção: Michael Qissi. Com Jerry Trimble, Karen Sheperd. Detetive e perita em artes marciais é enviada à África do Sul com outro tira a fim de prender quadrilha de contrabandistas de ouro.

Do Fundo do Mar
SBT, 22h.
 
(Deep Blue Sea). EUA, 99, 105 min. Direção: Reeny Harlin. Com Saffron Burrows, Samuel L. Jackson. Cientista cria tubarões com inteligência superior à média, na doce crença de que desses cérebros extrairão enzima capaz de curar o mal de Alzheimer. Inútil dizer que os tubarões têm outros planos para seus cérebros, os quais não excluem suas mandíbulas. Muito sangue e pouca força.

Fúria Mortal
Globo, 23h
   
(Out for Justice). EUA, 91. Direção: John Flynn. Com Steven Seagal, William Forsythe. Depois que seu parceiro é assassinado no Brooklyn, Nova York, tira resolve fazer o de sempre: justiça por conta própria. O argumento não ajuda, mas Seagal tem seu carisma, e Flynn é um diretor a reter.

O Homem do Terno Cinzento
Bandeirantes, 0h30.
  
(The Man in the Gray Flannel Suit). EUA, 56, 152 min. Direção: Nunnally Johnson. Com Gregory Peck, Jennifer Jones. Executivo nova-iorquino (Peck) deve confrontar, em dado momento, seu passado. Longo demais, pesado demais, o filme não serve à reputação de grande roteirista de Johnson, nem serve à de diretor, que nunca foi muito grande. Em todo caso, digno.

Charity, Meu Amor
Globo, 1h35.
  
(Sweet Charity). EUA, 68, 133 min. Direção: Bob Fosse. Com Shirley MacLaine, Sammy Davis Jr.. O filme se apóia em um musical da Broadway, ele próprio baseado em "Noites de Cabiria", de Fellini. Aqui, Charity (MacLaine) é uma bailarina de cabaré devidamente roubada por um amante de poucos escrúpulos. Mas, mulher romântica, ela continua a buscar seu amor perfeito. (IA)

TV PAGA

Prazer amadorístico conduz "Duas Garotas"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A diferença entre um musical americano e um musical francês é que, em geral, o segundo não parece um musical, mas uma brincadeira.
Existe uma exceção pelo menos, que é o "French Can-Can" de Jean Renoir. Mas "Duas Garotas Românticas" (Telecine Classic) é um musical nouvelle vague, expressão que corresponde muito bem à nossa bossa nova, e tudo nele parece uma brincadeira.
A começar pela idéia de colocar lado a lado Catherine Deneuve e Françoise Dorleac, que são possivelmente as duas mais belas irmãs da história do cinema e que, juntas, dançando e cantando, parecem se divertir imensamente.
Na escola americana, os cantores dançam, cantam, interpretam quase com a mesma precisão. Se não, o produtor dá um jeito.
Na francesa é um pouco diferente. Mas quem se importará que o canto seja deficiente em "Duas Garotas", se elas encantam como ninguém cantando?
O prazer evidente de Jacques Demy era colocá-las lado a lado e como que constatar esse milagre da natureza que eram essas duas irmãs tão parecidas, tão bonitas e tão charmosas.
E, mais, colocá-las nos exteriores da cidade de Cherbourg, e então combinar cores, e a essas cores acrescentar gestos.
Quem não ficaria tocado por todo esse encanto? Não, com certeza, Gene Kelly, que comparece no filme como ator, bailarino, como ícone do musical americano (ou seja, do musical) que de repente invade e abençoa esse musical desviante.
Se se percebe nos filmes da nouvelle vague quase sempre um enorme prazer do filme e do cinema, Jacques Demy transportou esse prazer amadorístico para o gênero mais profissional que existe. Resta saber quando poderemos ver de novo seu "Pele de Asno" ("Peau d'Âne", 1970).


DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS. Quando: Telecine Classic, 14h05, 5h20.


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