São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007

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O QUE JÁ SE FALOU

Recepção sobre "Tropa de Elite" é variada

Tropa de Elite" herda do cinemão americano o roteiro esquemático, o moralismo mistificador, o cinismo utilitário, a hipocrisia social, o pensamento monolítico.


Plínio Fraga, na Ilustrada, em 27 de setembro


Essa experiência [a tortura] tem de ser aceitável para seu protagonista, não só para a sociedade. É indispensável adaptá-la a uma visão de mundo que a justifique.

José Padilha, diretor do filme, e Luiz Eduardo Soares, co-autor (com André Batista e Rodrigo Pimentel) de "Elite da Tropa" (ed. Objetiva), livro em que a produção é baseada, na Ilustrada, em 29 de setembro


Ao optar pelo capitão Nascimento como narrador do filme, Padilha assumiu, de maneira sistemática, acrítica e quase pedagógica -e justificou para a média reacionária da sofrida sociedade espectadora- o discurso e o ponto de vista do que há de pior na corporação, o discurso da pseudo-razão enlouquecida dentro da loucura institucional, o discurso do "não há saída, tem mesmo é que matar".

Arnaldo Bloch, em "O Globo", em 22 de setembro


Acho que o "Tropa", além dos méritos artísticos que tem, talvez já seja o filme pós-retomada que mais suscitou debates, a começar pela questão da pirataria, exaustivamente discutida. E não vejo, no Brasil de hoje, debate mais importante do que violência e segurança pública.

Wagner Moura, no jornal "O Globo", em 25 de setembro


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