São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007 |
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CDs MPB Mauricio Pessoa MAURICIO PESSOA Gravadora: MP,B; Quanto: R$ 22, em média; Avaliação: bom Novo fruto da turma de onde já saiu Roberta Sá -que participa do CD na ótima "Lá Vai Maria"- e Rodrigo Maranhão, Mauricio Pessoa não tem uma voz muito bonita, mas é um compositor promissor. Faz sambas à moda do Jorge Ben dos anos 60 ("Tereza", "Homem de Ferro"), sambas-crônicas bem cariocas ("Tem Dó de Mim", "Condição de Marido") e ainda se arrisca num baião de temá- tica sertaneja ("Francisco"), num animado choro instrumental ("Um Choro pro Paulinho da Viola") e num bolero com influência buarquiana ("Regina"). POR QUE OUVIR: Pessoa é mais um bom autor de sambas a surgir, mostrando que não faltam novidades no gênero. (LFV) Rock Lifeline BEN HARPER & THE INNOCENT CRIMINALS Gravadora: EMI; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: bom Desconfia-se de um disco que vem após aquele que é classificado pelo próprio autor como seu mais amadurecido trabalho. No caso de Harper, não só o antecessor, "Both Sides of the Gun" (2006), como o resto de sua obra ofusca "Lifeline", que foi gravado em uma semana, durante turnê em Paris, em 2006. Porém, a despeito de não fazer pular de excitação, seu oitavo álbum de estúdio mantém a qualidade mínima do californiano -o que é grandiosa coisa. Nesse mar estável, as ondas mais altas são a ótima instrumental "Paris Sunrise #7" e as boas "In the Colors", "Having Wings" e "Put It on Me". POR QUE OUVIR: Apesar dos exíguos 40 minutos em 11 faixas, o CD é, como disse Harper, "acústico, de compositor". (ANA PAULA BONI) MPB Avesso MARIA PREÁ Gravadora: Elo Music; Quanto: R$ 23,90, em média; Avaliação: bom Idealizado pela cantora Laeticia Madsen, o Maria Preá surgiu como um projeto musical/teatral e se consolidou no formato atual: uma banda sediada em São Paulo que se embrenha por praias que remetem ao Maranhão. Por mais que pareça chato, não é -eles não são mais uma daquelas bandas chatas/hippies que infestam bares adolescentes da Vila Madalena. Laeticia está bem acompanhada, com músicos de destaque da cena paulistana, de bandas como DonaZica, Jumbo Elektro, Barbatuques e Comadre Fulozinha. POR QUE OUVIR: Há espaço para maracatu, reggae, bumba-meu-boi, coco, baião etc., e a versão para "Carcará" mostra como o tradicional pode soar moderno, e não modernoso. (BRUNO YUTAKA SAITO) Rap Sean Kingston SEAN KINGSTON Gravadora: Sony/BMG; Quanto: R$ 21,90, em média; Avaliação: regular Sean Kingston tenta encontrar um lugar no rap/r&b norte-americano fazendo um estilo entre Rihanna e Akon. Para isso, o rapaz de 17 anos -e seu esperto produtor, Jonathan Rotem- apostam em letras sobre garotas, rimadas sobre canções famosas, como a ensolarada "D'yer Mak'er", do Led Zeppelin, ou "In the Air Tonight", de Phil Collins. Ao contrário de mestres do hip hop, que roubam pedaços de músicas e as tornam irreconhecíveis, Kingston/ Rotem usam as faixas na íntegra, sem preocupação em disfarçar. Uma delas virou hit nos EUA, "Beautiful Girls", com sample de "Stand by Me". POR QUE OUVIR: Deve fazer sucesso entre os adolescentes; uma ou outra música até cai bem na pista. Mas ainda tem que comer muito arroz com feijão. (ADRIANA FERREIRA SILVA) Texto Anterior: Os volumes Próximo Texto: Música: Pianista sacode tradição dos gêneros cubanos Índice |
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