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São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2003

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Terra natal decreta três dias de luto

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O governo do Ceará e a Prefeitura de Quixadá, terra onde Rachel de Queiroz passou boa parte de sua vida, decretaram três dias de luto oficial pela morte de sua ilustre escritora.
Em Quixadá, ontem ainda haveria missa e vigília no Centro Cultural Rachel de Queiroz, inaugurado neste ano.
Nascida em Fortaleza, Queiroz morava desde os anos 50 no Rio de Janeiro, mas nunca deixou de voltar a Quixadá, cidade escolhida como refúgio. Ela passava três, quatro meses por ano na fazenda Não me Deixes, herança do pai Daniel, onde era visitada por velhos amigos e por jovens curiosos em conhecê-la.
A próxima ida da autora a Quixadá já estava marcada para o próximo dia 17, para comemorar mais um aniversário.
O refúgio da escritora no sertão cearense é considerado um santuário de preservação da caatinga. É nesse cenário que a sobrinha de Queiroz, Letícia Menescal, está produzindo algumas cenas da versão do romance "O Quinze" para o cinema, livro de estréia da escritora que conta a saga de retirantes nordestinos na seca de 1915. Pelo menos uma obra da escritora ainda está para ser concluída. Um livro de fotografias e frases de Queiroz sobre o Ceará espera financiamento. Com o nome "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", o livro é uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício Albano, que tem um acervo de 30 mil fotos, e de textos da escritora.


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