São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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FILMES

Sabrina na Austrália
Globo, 15h55.
 
(Sabrina Down Under). EUA, 1999. Direção: Kenneth R. Koch. Com Melissa Joan Hart, Peter O'Brien. A série de TV "Sabrina - A Aprendiz de Feiticeira" serve de base a este filme (também feito para TV), em que ela transforma um tritão (ser marinho da mitologia) em um belo rapaz. Da magia deriva confusão.

Rebeldes de Aço
Record, 21h45.
 
(Hostile Environment). EUA, 1998, 81 min. Direção: David Prior. Com Brigitte Nielsen, Matthias Hues. Com quase toda a água do planeta contaminada, a vida em um navio é regida pela cruel Minna (Nielsen), que manda e desmanda por lá. Até, pelo menos, que a filha de um líder rebelde e Hues decidam pôr um fim nisso. Melhor nem falar.

Premonição
SBT, 22h30.
 
(Final Destination). EUA, 2000, 95 min. Direção: James Wong. Com Devon Sawa, Ali Larter. Premissa ok: adolescente tem premonições de fatos terríveis. Eles se confirmam. A angústia da morte conduz o suspense adolescente.

Intercine
Globo, 1h40.

Para a sexta, as propostas da emissora são "Rápida e Mortal" (1995, de Sam Raimi, com Sharon Stone, Gene Hackman) e "Paixão Bandida" (1996, de Steven Baigleman, com Keanu Reeves).

Assassinato em Nova York
Bandeirantes, 2h15.
 
(First Degree). Canadá, 1995, 95 min. Direção: Jeff Woonough. Com Rob Lowe, Leslie Hope. Lowe é o detetive que mata a cobra e mostra o pau. Não só resolve o assassinato de um empresário, como passa a transar com a viúva do finado. Ela é suspeita de ser mandante do crime. Ele fará de tudo para provar sua inocência.

Os Gritos do Silêncio
SBT, 3h.
  
(The Killing Fields). Inglaterra, 1994, 141 min. Direção: Roland Joffé. Com Sam Waterston, Haing S. Ngor, John Malkovich. Denúncia dos campos de concentração no Camboja, durante os anos de poder do Khmer Vermelho. Não sobrevive à mão pesada de Joffé.

O Dia do Chacal
Globo, 3h30.
    
(The Day of the Jackal). Inglaterra/ França, 1973, 142 min. Direção: Fred Zinnemann. Com Edward Fox, Michael Lonsdale. Depois de várias tentativas frustradas de matar o presidente francês Charles De Gaulle, a OAS (organização terrorista do exército francês, que se opunha à independência da Argélia) contrata um assassino profissional da pesada para fazer o serviço. Seu codinome é Chacal (Fox). O filme tem como centro a meticulosa preparação do atentado. Um desses trabalhos em que Zinnemann acertou a mão inteiramente. Embora se saiba o final, isso não diminui em nada o interesse pelo filme: é um suspense clássico, em que a tensão não vem do referencial, mas da precisão de cada elemento utilizado. (IA)

Dos quadrinhos para o cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Hulk" (Telecine Pipoca, 23h20) faz parte dessa extensa categoria de "blockbusters" que se apóia em antigos "comics". E dessa categoria menos extensa que busca apoio não só nessa origem como em uma passagem anterior do personagem pelo cinema ou pela TV.
A história é infantil, como de lei: devido a uns tantos fenômenos, um pesquisador torna-se verde, monstruoso e superpoderoso. Há conflitos com uma corporação (ah, sempre elas) e uma namorada aflita.
Tudo isso serve para as crianças. Há algo, no entanto, que interessará aos adultos, pois Ang Lee ficou célebre pelos personagens que, em "O Tigre e o Dragão", voavam e paravam no ar sem que se soubesse como nem por quê. Com "Hulk" acontece o mesmo. E ao menos sabemos por quê.

ESTRÉIA

Programa mostra Moore antes da fama

SHIN OLIVA SUZUKI
DA REDAÇÃO

O "timing" não é exatamente perfeito. Logo após a confirmação de um novo mandato para George W. Bush estréia no canal Sony outra cria de Michael Moore, uma das principais figuras que dedicaram o ano em vão a demover o republicano da Casa Branca.
"The Awful Truth" (A Verdade Terrível) é um programa de TV que segue os maneirismos do documentarista, vistos em "Tiros em Columbine" (2002) e "Fahrenheit 11 de Setembro" (2004). Parece mais um filhote do estilo Moore consagrado recentemente, mas é, na verdade, balão de ensaio de seus trabalhos mais famosos.
Exibido nos Estados Unidos em duas temporadas em 1999, "The Awful Truth" tem como idéia incomodar grandes corporações, empregadores sacanas e congressistas, apresentando o cineasta como defensor dos oprimidos.
O programa segue o mais típico estilo americano de TV, com locutor de voz impostada pedindo à platéia boas-vindas para Moore, que introduz suas "terríveis verdades" contando piadinhas ao estilo "stand-up comedy". E dá-lhe risadas e aplausos.
No episódio inicial, o primeiro segmento (que vai parecer perdido no tempo e é para rir amarelo) tem o apresentador no Capitólio atrás de supostos pecados de parlamentares que à época espumavam pelo impeachment do ex-presidente Bill Clinton (lembra de Monica Lewinsky e o vestido?).
O segundo bloco, exibindo o lado "defesa do consumidor" do programa, mostra um associado de um plano de saúde que tem um pedido para transplante de pâncreas recusado.
Sob a possibilidade de morrer a qualquer momento, o rapaz organiza uma "festa de despedida" ajudado por Moore. A história, em clima de pegadinha, é toda em cima das tentativas de convidar o presidente da seguradora a participar do rega-bofe macabro.
E Michael Moore consegue na TV um final feliz para o segurado e para si, bem diferente do que esperava do final de 2004.


THE AWFUL TRUTH. Quando: amanhã, às 21h, no Sony.


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