São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2008

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Crítica

O cinema se queria arte nos anos de Resnais

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Talvez haja quem ache tudo isso mentira. Mas existiu um tempo em que os filmes de Alain Resnais eram esperados com ansiedade e exibidos correntemente nos cinemas.
Eles eram até bem mais experimentais do que "Amores Parisienses - Aquela Velha Canção" (TC Cult, 2h25; não recomendado a menores de 12 anos), em que as pessoas se encontram e fazem o filme virar um musical de evocação de antigas canções.
É verdade que nos anos de ouro de Alain Resnais o cinema se queria uma arte. Acessível a todos, mas arte. Hoje ainda vemos os filmes de Resnais como arte, mas, como se por isso, eles não fossem divertidos.
Em todo caso, sua sorte é melhor que a de Paul Schrader, que fez belos filmes -entre eles, "Gigolô Americano" (TC Cult, 22h, não recomendado a menores de 14 anos), cujo título dispensa sinopse.
O protestante Schrader sumiu do mapa, na prática em todo caso, consumido pela indústria feroz em que o cinema transformou-se.


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