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"Estou animada para dividir o palco"
Janelle Monáe mostra entusiasmo para abrir os shows da cantora Amy Winehouse e nega polêmica com inglesa
Queridinha da crítica, Monáe se apresenta com Winehouse em Florianópolis, São Paulo, Rio e Recife
ELISANGELA ROXO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No mês passado correu pela internet um boato que a
cantora inglesa Amy Winehouse não queria que Janelle
Monáe fizesse a abertura de
seus shows no Brasil.
Ela estaria se sentindo
ameaçada pelo sucesso de
Monáe, queridinha da crítica, que teve o último disco
"The ArchAndroid" -uma
mistura de funk e ficção científica- nas listas de melhores de 2010 dos principais
veículos de comunicação do
mundo e duas indicações ao
Grammy deste ano.
Desde o lançamento do último álbum de Amy Winehouse, "Back to Black" de
2007 (e ganhador de cinco
prêmios Grammys em 2008),
a cantora, que já foi a hypada
musical da vez, tem aparecido, por causa das drogas,
mais em tabloides do que em
publicações especializadas.
"O que foi que ela disse?",
indaga, curiosa, Janelle Monáe durante a entrevista por
telefone à Folha.
Mas não perde tempo para
negar que exista qualquer
polêmica entre as duas.
"Amy é fantástica e tem muitos fãs. Estou animada para
dividir o público com ela",
diz Monáe.
E não descarta a possibilidade de dividir até o palco
com a inglesa em algum dos
cinco shows que elas farão
no Brasil. As duas vão se
apresentar em Florianópolis,
São Paulo, Rio e Recife.
CONTRAMÃO
Monáe, que tem 25 anos recém-completos, parece ir na
contramão de outras cantoras que fazem a mistura moderna e pop de funk e soul,
como a própria Winehouse
ou mesmo cantoras do tipo
de Rihanna, Beyoncé ou a
loira Duffy.
O estilo dela tem bastante
energia, mas sem movimentos sensuais, à moda dos clipes da MTV.
Monáe explica que aprendeu a cantar e a dançar na
igreja que frequentava com a
avó no estado norte-americano do Kansas. "Foi minha
avó que me ensinou tudo o
que sei", diz.
Porém, hoje em dia, ela se
diz reticente em relação à religiosidade. "Eu amo religiosamente e Deus é amor, é só
isso o que eu tenho a dizer",
explica, sucinta.
A marca registrada das
apresentações de Monáe é a
combinação de terninho preto, camisa branca, sapato bicolor e o topete em riste.
Entre as influências da
cantora norte-americana estão David Bowie, James
Brown (1933-2006) e Michael
Jackson (1958-2009).
Este último é uma das
mais importantes, de acordo
com ela mesma, tanto na produção de música quanto nas
apresentações ao vivo .
"Michael foi um professor
para todo mundo e busco
aprender tudo o que ele ensinou", afirma na entrevista.
SUCESSO NA INTERNET
Monáe avisa que o público
brasileiro não deve esperar
uma performance energética
como a que deixou a audiência americana (e do resto do
mundo via YouTube) de
queixo caído no programa de
David Letterman em maio
passado, no lançamento de
"The ArchAndroid".
A apresentação na TV
americana foi vista na internet mais de 500 mil vezes.
"Eu não tento recriar uma
experiência. Mas os brasileiros podem esperar do show
minha recriação de diversas
experiências maravilhosas",
explica Monáe.
JANELLE MONÁE E AMY
WINEHOUSE
QUANDO dia 15/1, às 18h
ONDE Arena Anhembi (av. Olavo
Fontoura, 1209; tel.0/xx/11/
4003-1527)
QUANTO de R$ 200 a R$ 500
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
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