|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bósnios muçulmanos são maioria na cidade
do enviado especial
A fragilidade que manteve a
"Grande Sérvia" unida sob o nome de Iugoslávia durante cerca de
70 anos, a partir do final da 1ª
Guerra, em 1918, começou a se
evidenciar com a morte do marechal Tito, em 1980, que governou
o país por 35 anos, e se intensificou com o colapso do regime comunista, no final dos anos 80.
Três etnias prevaleciam no país
então. Os sérvios dominavam a
política e o exército. Eram maioria
na Sérvia e em Montenegro e minorias na Croácia e Bósnia-Herzegóvina. Cristãos ortodoxos, estavam mais próximos da Rússia.
Os croatas -católicos romanos- estavam mais alinhados
com o oeste devido à proximidade
geográfica e à frequência de turistas na costa Adriática.
Grande parte dos muçulmanos
vivia em cidades etnicamente
muito variadas da Bósnia-Herzegóvina, como Sarajevo, onde é
maioria.
Em 25 de junho de 1991, Croácia
e Eslovênia declararam independência. A Sérvia esboçou uma reação, mas não tinha maioria nas regiões. Dois dias depois, começaram as hostilidades entre croatas e
sérvios na Bósnia.
No final do mesmo ano, em 21 de
dezembro, os sérvios da Bósnia-Herzegóvina realizaram referendo contra a separação da região da Iugoslávia.
Em 3 de março de 1992, muçulmanos e croatas da Bósnia-Herzegóvina votaram pela independência em referendo boicotado pelos
sérvios. Em 6 de abril, estourou a
guerra entre as forças do governo
bósnio e sérvios da região, que se
posicionaram nas montanhas que
circundam a cidade.
Em 5 de fevereiro, um morteiro
explodiu no mercado central, matou 68 pessoas e deixou 197 feridos
no mais sangrento ataque à cidade. O cerco deixou um saldo de
mais de 10 mil mortos na cidade,
sendo que 1,6 mil crianças. O cerco terminou com a assinatura do
acordo de paz de Dayton (Ohio,
EUA), em 21 de novembro de
1995. A população de Sarajevo
passou de 526 mil para 380 mil.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|