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Paixão pelo teatro movia ator
da Sucursal do Rio
Até morrer, no Rio, em janeiro
de 1996, aos 64 anos, em decorrência da Aids, Rubens Corrêa era
movido pela paixão de fazer teatro.
Um mês antes, chegou a receber
uma transfusão de sangue para
poder subir ao palco pela última
vez.
Após cinco anos de sucesso de
apresentação da peça "Artaud!",
dirigida por Ivan de Albuquerque,
em que fazia o papel do dramaturgo francês, que morreu louco, o
ator Rubens Corrêa queria a todo
custo cumprir sua agenda em Recife.
Albuquerque conta que o amigo
driblou a vigilância de sua médica
e, mesmo enfraquecido, viajou
para Recife.
Ao saber da viagem, a médica
achou um absurdo, mas, mesmo
assim, tomou providências para
ele fazer uma transfusão de sangue
na capital pernambucana, para ficar mais forte e conseguir encenar
a peça.
"Ele já estava muito fraco. Passou a tarde inteira fazendo uma
transfusão de sangue e saiu direto
para fazer o Artaud", afirma o diretor Ivan de Albuquerque, emocionado com a lembrança do amigo.
Albuquerque conta que o ator só
ficou sabendo que tinha o vírus da
Aids poucos meses antes de morrer.
Os amigos ficaram surpresos,
porque Rubens Corrêa sempre teve um físico forte e não costumava
ficar doente.
(RL)
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