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Osesp começa na Espanha ambiciosa turnê européia
Excursão celebra os dez anos do maestro John Neschling como diretor da orquestra e inclui salas como a Grosser Sal, em Viena, e a Philharmonie, em Colônia
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Hoje, em Barcelona, a Osesp
(Orquestra Sinfônica do Estado
de São Paulo) dá início à mais
ambiciosa turnê da sua história. No Palau de la Música Catalana, o grupo tem o pianista
Nelson Freire como solista
convidado. A sala de foi edificada pelo arquiteto Lluís Domènech i Montaner, de 1905 a
1908, e declarada Patrimônio
da Humanidade pela Unesco,
em 1997.
Ao todo, até o dia 27, a Osesp
faz 16 apresentações em solo
europeu, em oito países distintos. Nelson Freire é o solista em
nove destas apresentações, ficando as remanescentes a cargo do pianista húngaro Deszö
Ránki (que se exibe com a sinfônica "em casa", na Sala Nacional de Concertos de Budapeste, no dia 25).
Os programas trazem obras
que a orquestra mostrou na Sala São Paulo no final de fevereiro. Assim, Freire sola no quarto
concerto de Rachmaninov, enquanto Ránki executa o "Concerto nš 2" de seu compatriota
Béla Bartók.
O que varia são as peças que
complementam as apresentações: dependendo do dia, a
Osesp pode interpretar da
"Abertura Concertante", de
Camargo Guarnieri, a "La
Mer", de Debussy, tendo como
opções ainda as "Bachianas
Brasileiras nš 4", de Villa-Lobos, e a primeira sinfonia de
Tchaikovski, passando ainda
pelos "Pinheiros de Roma", de
Respighi; pela suíte do bailado
"Estância", do argentino Alberto Ginastera; e por "Sensemayá", do mexicano Silvestre Revueltas.
Viagens internacionais têm
se tornado parte da rotina da
orquestra paulista nestes dez
anos em que o grupo está sob a
direção de John Neschling
-uma efeméride que a excursão européia também celebra.
A sinfônica já esteve nos países vizinhos do Cone Sul
(2005); realizou duas voltas pelos EUA (2002 e 2006); e contabiliza ainda uma visita anterior à Europa, em 2003 (na
época, foram sete concertos,
em cidades da Alemanha e também da Suíça).
O que faz da turnê atual um
evento especial é a representatividade dos países e salas visitados. A Osesp vai se apresentar em locais como a Tonhalle,
de Zurique (dia 16); a Philharmonie, de Colônia (dia 23); e na
mítica Grosser Sal, do Musikverein, em Viena (dia 20) -sala
fundada em 1870, que possui
uma das melhores acústicas do
planeta e sedia ainda um dos
maiores ícones de excelência
orquestral do mundo, a Filarmônica de Viena.
A turnê termina em outra casa de prestígio, o Théâtre du
Châtelet, em Paris, dia 27. Residente na capital francesa, Freire será o solista.
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