São Paulo, terça-feira, 06 de março de 2007

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Osesp começa na Espanha ambiciosa turnê européia

Excursão celebra os dez anos do maestro John Neschling como diretor da orquestra e inclui salas como a Grosser Sal, em Viena, e a Philharmonie, em Colônia

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Hoje, em Barcelona, a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) dá início à mais ambiciosa turnê da sua história. No Palau de la Música Catalana, o grupo tem o pianista Nelson Freire como solista convidado. A sala de foi edificada pelo arquiteto Lluís Domènech i Montaner, de 1905 a 1908, e declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 1997.
Ao todo, até o dia 27, a Osesp faz 16 apresentações em solo europeu, em oito países distintos. Nelson Freire é o solista em nove destas apresentações, ficando as remanescentes a cargo do pianista húngaro Deszö Ránki (que se exibe com a sinfônica "em casa", na Sala Nacional de Concertos de Budapeste, no dia 25).
Os programas trazem obras que a orquestra mostrou na Sala São Paulo no final de fevereiro. Assim, Freire sola no quarto concerto de Rachmaninov, enquanto Ránki executa o "Concerto nš 2" de seu compatriota Béla Bartók.
O que varia são as peças que complementam as apresentações: dependendo do dia, a Osesp pode interpretar da "Abertura Concertante", de Camargo Guarnieri, a "La Mer", de Debussy, tendo como opções ainda as "Bachianas Brasileiras nš 4", de Villa-Lobos, e a primeira sinfonia de Tchaikovski, passando ainda pelos "Pinheiros de Roma", de Respighi; pela suíte do bailado "Estância", do argentino Alberto Ginastera; e por "Sensemayá", do mexicano Silvestre Revueltas.
Viagens internacionais têm se tornado parte da rotina da orquestra paulista nestes dez anos em que o grupo está sob a direção de John Neschling -uma efeméride que a excursão européia também celebra.
A sinfônica já esteve nos países vizinhos do Cone Sul (2005); realizou duas voltas pelos EUA (2002 e 2006); e contabiliza ainda uma visita anterior à Europa, em 2003 (na época, foram sete concertos, em cidades da Alemanha e também da Suíça).
O que faz da turnê atual um evento especial é a representatividade dos países e salas visitados. A Osesp vai se apresentar em locais como a Tonhalle, de Zurique (dia 16); a Philharmonie, de Colônia (dia 23); e na mítica Grosser Sal, do Musikverein, em Viena (dia 20) -sala fundada em 1870, que possui uma das melhores acústicas do planeta e sedia ainda um dos maiores ícones de excelência orquestral do mundo, a Filarmônica de Viena.
A turnê termina em outra casa de prestígio, o Théâtre du Châtelet, em Paris, dia 27. Residente na capital francesa, Freire será o solista.


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