São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008 |
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TRECHO Mas ali, em Saint Germain, Guerra se deixou envolver pelo paradisíaco. Viu um velho deblaterando. Perguntou a um garoto quem era. "Sartre", respondeu. "E como fala. Pedimos a ele que fosse breve, e não pára de falar. Marguerite Duras passou por aqui há pouco. Estava uma onça porque não conseguiu "placer un mot", ela reclamou, por causa da verborréia de Sartre." Guerra espiou melhor Sartre, nanico, de terno e gravata, mecha de cabelo caindo sobre a testa [...]. Impossível ouvir. A platéia não parecia prestar muita atenção. Um casal se acariciava ao alcance do cuspe de Sartre, e a moça ajeitou o cabelo do rapaz; ele beijou seu pescoço, esquecidos do mundo. Extraído de "Carne Viva", de Paulo Francis Texto Anterior: O livro-confusão de Francis Próximo Texto: Isto é Francis Índice |
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