São Paulo, sexta-feira, 06 de março de 2009

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Langella diz que criou personagem "humanizado"

DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 70 anos, o ator inglês Frank Langella diz que o Richard Nixon do filme de Ron Howard é um dos maiores papéis de sua vida. "Eu citaria também "Boa Noite, Boa Sorte" [2005], mas "Frost/Nixon" certamente é um filme maior de meu trabalho no cinema", diz.
O papel não caiu fácil em suas mãos, apesar de tê-lo feito no teatro, em Londres e Nova York, onde levou o Prêmio Tony de melhor ator em peça teatral, escrita pelo mesmo Peter Morgan que fez o longa. "A decisão de fazer o filme aconteceu muito rapidamente depois que a peça estreou, mas a decisão de me contratar foi tomada beeeem devagar. Levou mais de um ano. Falaram com Jack Nicholson, e havia atores mandando fitas e fazendo testes."
"Liguei para o Ron Howard, em Los Angeles. Queria o papel. A secretária dele atendeu e ele não estava disponível naquele momento. Deixei meu telefone e ele retornou em dez minutos, o que me parecia bom sinal. Eu disse: "Sei que você tentou Jack Nicholson, e queria lhe dizer que eu amaria fazer o filme.
Tem algo que eu possa fazer a respeito?". E ele: "Sim, continuar fazendo o personagem bem no teatro como tem feito". Não me disse mais nada. Depois veio o convite."
Em novembro, disse à Folha: "É material para Oscar, provavelmente. Uma indicação é parte do pacote de estar em um filme assim. Uma honra maravilhosa se vier, e você segue com sua vida se não vier". Ele não ganhou o Oscar, que ficou com Sean Penn ("Milk").
Langella diz que não está preocupado com o impacto de seu personagem sobre a imagem de Nixon. "Meu trabalho é construir uma pessoa, um personagem humanizado. Não poderia dar menos bola para criar tratado sobre política ou televisão. Não me distraio com isso. Essa missão não é minha."


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