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Langella diz que criou personagem "humanizado"
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 70 anos, o ator inglês
Frank Langella diz que o Richard Nixon do filme de Ron
Howard é um dos maiores papéis de sua vida. "Eu citaria
também "Boa Noite, Boa Sorte"
[2005], mas "Frost/Nixon" certamente é um filme maior de
meu trabalho no cinema", diz.
O papel não caiu fácil em suas
mãos, apesar de tê-lo feito no
teatro, em Londres e Nova
York, onde levou o Prêmio
Tony de melhor ator em peça
teatral, escrita pelo mesmo Peter Morgan que fez o longa. "A
decisão de fazer o filme aconteceu muito rapidamente depois
que a peça estreou, mas a decisão de me contratar foi tomada
beeeem devagar. Levou mais de
um ano. Falaram com Jack Nicholson, e havia atores mandando fitas e fazendo testes."
"Liguei para o Ron Howard,
em Los Angeles. Queria o papel.
A secretária dele atendeu e ele
não estava disponível naquele
momento. Deixei meu telefone
e ele retornou em dez minutos,
o que me parecia bom sinal. Eu
disse: "Sei que você tentou Jack
Nicholson, e queria lhe dizer
que eu amaria fazer o filme.
Tem algo que eu possa fazer a
respeito?". E ele: "Sim, continuar fazendo o personagem
bem no teatro como tem feito".
Não me disse mais nada. Depois veio o convite."
Em novembro, disse à Folha:
"É material para Oscar, provavelmente. Uma indicação é
parte do pacote de estar em um
filme assim. Uma honra maravilhosa se vier, e você segue
com sua vida se não vier". Ele
não ganhou o Oscar, que ficou
com Sean Penn ("Milk").
Langella diz que não está
preocupado com o impacto de
seu personagem sobre a imagem de Nixon. "Meu trabalho é
construir uma pessoa, um personagem humanizado. Não poderia dar menos bola para criar
tratado sobre política ou televisão. Não me distraio com isso.
Essa missão não é minha."
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