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Crítica
Atriz faz valer "O Sequestro de Patty Hearst"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A lembrança que tenho de "O
Sequestro de Patty Hearst"
(TC Cult, 17h45, não indicado
para menores de 14 anos) é razoavelmente vaga. Mas foi durante muito tempo "o último
filme bom" de Paul Schrader.
É de 1988 e, francamente,
não sei nem garantir se era de
fato bom, mas observava Patty
Hearst, a filha do magnata da
mídia que, sequestrada por um
grupo de fanáticos dos EUA,
tempos depois assumiu-se ela
própria como terrorista.
Mais tarde, Patty voltaria
atrás. Mas o fenômeno (o que
houve, lavagem cerebral, como
querem alguns, estabelecimento de um elo afetivo com o algoz?) aconteceu e estarreceu o
mundo inteiro.
O que ainda hoje é perfeitamente possível garantir é a
qualidade da interpretação de
Natasha Richardson, soberbamente dirigida.
E se é de interpretações femininas inesquecíveis que falamos, como omitir a atuação de
Natalie Wood em "Clamor do
Sexo" (TCM, 1h20, 12 anos), de
Elia Kazan? Aliás, o filme todo
é formidável.
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