São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2010

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Crítica

Filme da Globo é como trair a mulher com sósia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Sexo, Amor e Traição" (TC Light, 1h30, 12 anos) foi, em 2004, uma espécie de precursor bem-sucedido do que acabou se tornando uma "escola de sucessos" brasileira.
Trata-se de fazer mais ou menos aquilo que os programas da Rede Globo apresentam, mas de um modo que esses programas, dada a própria natureza do meio televisivo, não podem produzir.
"Sexo, Amor e Traição" é, assim, mais que um título, uma espécie de programa estético que, com ligeiras variações, viria a se reproduzir nos anos seguintes em êxitos como "Divã".
Temos aqui alguns temas tradicionais da comédia de costumes: mulheres insatisfeitas com os maridos, maridos em busca de outros amores e tal.
Esses assuntos são tratados com "bom gosto", isto é, evitando excessos de todo o tipo, buscando apoio no elenco da Globo e fazendo do cinema brasileiro uma extensão da tela do televisor.
Ou seja, o cara sai de casa porque quer encontrar o que tem em casa: mais ou menos o mesmo que propõe a ficção deste filme.


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