DA REPORTAGEM LOCAL

A Alemanha acaba de anunciar que Christoph Schlingensief irá representar o país na Bienal de Arte de Veneza do próximo ano, enquanto a Inglaterra já fez o mesmo, indicando Mike Nelson para ocupar seu pavilhão em 2011.
Enquanto isso, a Fundação Bienal escolheu apenas na última segunda-feira a representação brasileira na Bienal de Arquitetura, que será inaugurada em pouco mais de três meses, assumindo tal função apesar do convênio com o Ministério das Relações Exteriores para ocupação do local pela instituição ter vencido em junho do ano passado.
"Nós trabalhamos com base na confiança. Estamos fazendo sem contrato porque entendemos que a mostra é importante e seria muito triste ter o pavilhão brasileiro em Veneza vazio", disse Heitor Martins, presidente da Bienal de São Paulo, por telefone, anteontem.
Segundo Martins, no entanto, há uma expectativa para que um novo contrato, renovando a fundação como entidade responsável pela Bienal de Veneza, seja assinado até o final deste mês.
O Itamaraty, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "a Bienal já está autorizada a anunciar a participação brasileira na Bienal de Arquitetura de Veneza". Disse também que "o Itamaraty pretende continuar o trabalho de parceria com a Fundação Bienal nas próximas edições da Bienal de Veneza, como tradicionalmente fazemos".
De acordo com Martins, a Embaixada Brasileira em Roma "já recebeu os recursos necessários e está trabalhando na adequação do pavilhão para receber a mostra em agosto". Por sua localização no Giardini, um jardim sem segurança, o pavilhão brasileiro tem sido constantemente depredado, exigindo novos cuidados.
Por esse motivo, o Itamaraty, que é o responsável pelo prédio, cuida da infraestrutura do pavilhão, enquanto o Ministério da Cultura, por meio da Funarte, irá providenciar os recursos necessários para a organização da mostra e do catálogo. (FCY)


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