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Crítica
Tarantino faz do cinema diversão em "Kill Bill 2"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Tenho sempre a impressão
de que a atitude de Tarantino
em relação ao cinema, assim
como seus modos pessoais, estão contaminados pela maquinaria publicitária que o cerca.
Ele (ou a publicidade?) às vezes
faz parecer que a cinefilia foi inventada por ele, por um lado, e
que é um fim em si, por outro.
Agora, isso não quer dizer
que a gente deva fechar os olhos
a, por exemplo, o belíssimo início de "Kill Bill Vol. 2" (TC Action, 23h30), a parte em branco
e preto, onde Tarantino faz uso
pertinente da cultura cinefílica.
O filme tem essa virtude essencial do diretor: sentimos o
prazer de que está imbuído ao
criar imagens. Há um quê infantil nisso, esse sentimento de
que o cinema é uma diversão,
antes de ser arte ou indústria.
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