São Paulo, segunda-feira, 06 de junho de 2011

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Atraso na obra do Museu do Amanhã revive trauma

Cidade da Música também enfrentou paralisações e deve custar R$ 500 mi

Já a construção da nova sede do MIS, estimada inicialmente em R$ 70 milhões, deve levar um ano além do previsto

Divulgação
Projeto do MIS, que passa por atraso e indefinição de custo

DO RIO

O atraso na obra do Museu do Amanhã é também resultado do trauma que o Rio viveu com a construção ainda inacabada da Cidade da Música, do arquiteto francês Christian de Portzamparc, na Barra da Tijuca (zona oeste).
Apesar de a estimativa de custo do futuro museu da zona portuária ter triplicado, a Prefeitura do Rio promete, ao concluir as adaptações do projeto, ter definido seu preço antes de a obra começar. A informação básica será um avanço.
A construção da Cidade da Música (complexo com duas salas de concerto, três cinemas, um restaurante, três cafés e salas de ensaio) começou sem estimativa exata de custo. Três licitações foram feitas para que fosse erguida.
Atrasos e paralisações encareceram mais a obra. O ex-prefeito Cesar Maia (DEM) a inaugurou incompleta em dezembro de 2008.
Em audiência pública na Câmara dos Vereadores, o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, expôs o trauma.
"Para não cometermos os mesmos erros do passado, só se deve começar uma obra desse porte com projeto executivo", disse. O projeto executivo detalha o que é necessário para a construção.
Mesmo sem o projeto final, a prefeitura já gasta R$ 22 milhões com as fundações do imóvel. Pinto disse que é possível executar esta parte da obra sem o desenho do museu de Calatrava finalizado.
Os "erros do passado" ainda afetam os cofres da atual gestão. A Cidade da Música deve ser concluída neste ano após gasto de R$ 515, 4 milhões, sendo R$ 84 milhões na gestão Eduardo Paes (PMDB).

MIS ATRASADO
Atraso e indefinição de custo também atingem a nova sede do Museu da Imagem e do Som, em Copacabana (zona sul).
De acordo com a Secretaria Estadual de Cultura, o prazo previsto de inauguração - o segundo semestre de 2012- passou para abril de 2013.
O projeto dos arquitetos americanos Elizabeth Diller e Ricardo Scofidio tinha, em janeiro de 2010, estimativa de custo de R$ 70 milhões.
A primeira parte da obra, de construção da fundação e estrutura (pilares do edifício), já consome R$ 27 milhões.
Haverá ainda gastos não estimados com "acabamentos, revestimentos, interiores e instalações", segundo a secretaria.
(ITALO NOGUEIRA)


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