TV Aberta

Lucky Luke    Record, 12h. (Lucky Luke). Itália, 1991, 83 min. Direção: Terence Hill. Com Terence Hill, Nancy Morgan. Hill dirige e interpreta o herói do Oeste criado por René Goscinny para histórias em quadrinhos menos felizes que as de Astérix, mas ainda assim legais.

Jimmy Neutron - O Menino Gênio   SBT, 14h. (Jimmy Neutron: Boy Genius). EUA, 2001. Direção: John A. Davis. Nesta animação, Jimmy Neutron é uma espécie de Professor Pardal atualizado e em estágio infantil, mas não menos genial. Sua aventura acontece quando descobre que seus pais foram raptados por alienígenas, o que exige um trabalho extra do gênio.

O Vingador   SBT, 21h. (A Man Apart). EUA, 2003, 110 min. Direção: F. Gary Gray. Com Vin Diesel, Larenz Tate, Timothy Olyphant, Atiana Coons-Parker, Alice Amter. Sean Vetter combate com energia os senhores das drogas. Até manda um chefão para a cadeia. Mas, no lugar deste, assume um pior ainda, El Diablo, que tem entre suas prioridades eliminar Sean Vetter. E este é Vin Diesel. Ação sem mais. Inédito.

Hoje Você Morre   Record, 21h30. (Today You Die). EUA, 2005, 92 min. Direção: Don E. FauntLeRoy. Com Steven Seagal, Anthony Criss, Mari Morrow, Nick Mancuso, Robert Miano. Seagal, ladrão com força mental incomum, não tem, no entanto, força para resistir à pressão da namorada, que quer vê-lo fora da profissão. Parte então para um último trabalho: roubar uma fortuna de um cassino de Las Vegas. As coisas vão se complicar bastante, entre outras, por traição de seu companheiro. E para sair dessa, Steven precisará mesmo de força, mental ou não.

Drácula 2000    Globo, 23h35. (Dracula 2000). EUA, 2000, 98 min. Direção: Patrick Lussier. Com Jonny Lee Miller, Gerard Butler, Christopher Plummer, Justine Waddell, Colleen Fitzpatrick. Após um século aprisionado, Drácula é liberado de sua tumba por engano, por ladrões. Ele ruma para Nova Orleans, em busca de novas vítimas e do sucessor de Van Helsing, velho desafeto.

New Jack City - A Gangue Brutal    SBT, 0h30. (New Jack City). EUA, 1991, 100 min. Direção: Mario Van Peebles. Com Wesley Snipes, Ice T, Allen Payne, Mario Van Peebles, Michael Michele, Bill Nunn, Christopher Williams, Judd Nelson. Dois ex-policiais de Nova York enfrentam chefão das drogas cujo poder e fortuna têm por origem o tráfico de crack. Snipes é o traficante em questão, num dos filmes surgidos na onda negra inaugurada nos anos 80 por Spike Lee. Mario é filho do diretor Melvin Van Peebles, e a característica mais marcante do filme é a violência.

A Última Fortaleza     Globo, 1h15. (The Last Castle). EUA, 2001, 131 min. Direção: Rod Lurie. Com Robert Redford, James Gandolfini, Mark Ruffalo, Steve Burton, Samuel Ball. Velho general (Redford) acaba preso e entra em conflito com o coronel sádico (Gandolfini) que dirige a prisão. A pequena diferença que existe entre o herói e o vilão na vida militar é um bom assunto, um tanto obliterado pelo conflito entre o bom general e o mau coronel. Inédito.

O Entardecer de uma Estrela   Bandeirantes, 1h20. (The Evening Star). EUA, 1996, 128 min. Direção: Robert Harling. Com Shirley MacLaine, Bill Paxton, Juliette Lewis, Miranda Richardson, Jack Nicholson. Nesta sequência de "Laços de Ternura", MacLaine assume a educação de seus três netos, dois deles bem problemáticos. Não bastasse, envolve-se com o terapeuta.

Viagens Alucinantes   SBT, 2h30. (Altered States). EUA, 1980, 103 min. Direção: Ken Russell. Com William Hurt, Blair Brown, Bob Balaban. O cientista William Hurt preocupa-se com a mente e dispõe-se a uma série de experiências visando a expansão da consciência. Que, vistas por Ken Russell, naturalmente são antes de mais nada experiências estetizantes e afetadas. Só para São Paulo

O Pecado Mora ao Lado      Globo, 3h30. (Seven Year Itch). EUA, 1955, 105 min. Direção: Billy Wilder. Com Marylin Monroe, Tom Ewell. Comédia em que Wilder brinca com a infidelidade da classe média. Quem vira a cabeça de Tom Ewell é, claro, a estonteante Marilyn. Não só faz rir como tem um senso de observação primoroso. Comédia brilhante.

Não Quebre Meu Coração   SBT, 4h15. (Don't Go Breaking My Heart). EUA, 1998, 90 min. Direção: Willi Patterson. Com Anthony Edwards, Jenny Seagrove. Comédia romântica sobre os problemas de professor que, separado da mulher, interessa-se por outra moça, que, por sua vez, tem um namorado. O namorado é dentista e hipnotizador. Só para São Paulo.

TV Paga

Crítica

"Ménage" de Truffaut intriga e atrai

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Uma mulher ama dois homens. Eles são amigos entre si. Também são amigos e amantes dela, conforme o momento. Ela os ama de maneira diferente, pois assim o são. Eis uma história que não sabe que fim vai ter.
Os elementos básicos sugerem, de imediato, sensação. E, sem dúvida, esse "ménage à trois" promovido por François Truffaut até hoje intriga e atrai. Truffaut sabia que o cinema vive do inusitado, do único.
Mas Truffaut amava o cinema em todas as suas manifestações. Ele podia fazer uma série autobiográfica (a de Antoine Doinel) com a mesma desenvoltura com que adaptava um romance desconhecido -como neste "Uma Mulher para Dois" (Telecine Cult, 22h).
Isso não bastava. O assunto poderia render um sombrio drama de amor e ciúme. Truffaut evita isso com cuidado e faz uma celebração da vida capaz de lembrar Jean Renoir.
Isso também não significa que "Uma Mulher" seja um filme tolamente otimista. Há nele o doce e o amargo, a felicidade e a dor. Existe a natureza suave, mas exuberante, que parece duplicar o personagem de Jeanne Moreau. E há também a música de Georges Delerue.
Porque, embora amasse a literatura, Truffaut tinha o dom de transformar tudo em cinema, em imagens e sons onde o sublime e o banal de nossas almas se encontram. Pois o cinema nasceu como uma diversão para o populacho. E quem o ama, como Truffaut, nunca nos deixa esquecer disso.


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