São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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Som, imagem e silêncio

Museu da Imagem e do Som faz um ano sob nova gestão com grande sucesso de crítica e fracasso de público; apesar de boas exposições, espaço ainda é um dos menos frequentados em São Paulo

Alex Almeida - 4.ago.08/Folha Imagem
Prédio do Museu da Imagem e do Som, em SP

SILAS MARTÍ
DA REPORTAGEM LOCAL

Silêncio é a trilha sonora das exposições no Museu da Imagem e do Som. Depois de passar por ampla reforma e uma troca de gestão, faz um ano que a casa reabriu para o público. Além do banho de loja dentro e fora, realizou mostras elogiadas pela crítica, mas ainda tem dificuldade para atrair visitantes.
Com orçamento anual de R$ 7,2 milhões, da Secretaria de Estado da Cultura, o MIS tem cerca de três quartos dos recursos da Pinacoteca do Estado (R$ 10,5 milhões). Mas são gritantes as diferenças de público.
Enquanto o MIS recebe em média 3.600 visitantes por mês -um dos menores números da cidade-, a Pinacoteca tem 50 mil visitas em média. No primeiro semestre, 280 mil pessoas foram à Pinacoteca, 346 mil foram ao Masp e só 21,5 mil, ao museu do Jardim Europa.
Depois de uma gestão conturbada, alvo de investigação do Ministério Público por emitir notas frias e pelo mau uso do prédio do Estado, o MIS virou uma organização social, dirigida por Daniela Bousso, que prometeu "reposicionar" a instituição, transformando o museu em centro de referência para arte em novas mídias.
Tanto Bousso quanto o secretário estadual da Cultura, João Sayad, reconhecem que os números de público estão, de fato, bem abaixo do desejável.
Nesse meio tempo, Bousso conseguiu inventariar boa parte do acervo e já engata uma reforma da reserva técnica para abrigar novas obras, que serão escolhidas por um comitê de aquisições recém-formado.


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