São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2001

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Peploe investe em intriga palaciana

DA ENVIADA A VENEZA

A mostra competitiva apresentou ontem o iraniano "Raye Makhfi", de Babak Payami, e a co-produção inglesa-italiana -assinada por Bernardo Bertolucci- "The Triumph of Love" (O Triunfo do Amor), de Clare Peploe. Ela é antiga colaboradora de Bertolucci (são dela o roteiro e a co-produção de "Assédio") e é o quarto longa que dirige.
Com Mira Sorvino e Ben Kingsley no elenco, o filme é baseado numa peça teatral de Marivaux, escrita em 1732. Trata-se de uma intriga palaciana que fustiga o iluminismo ao defender a supremacia do amor sobre a razão.
A princesa Leonide (Sorvino) herdou o trono por meio de uma trapaça e pretende devolvê-lo ao legítimo herdeiro Agis (Jay Rodan), que a odeia. Apaixonada por Agis, Leonide traveste-se de homem para conseguir se aproximar dele e se disfarça em outra mulher para vencer a resistência de Hermocrates (Kingsley), tutor de Agis e seu principal opositor.
Como o título indica, depois de muitas idas e vindas, o amor vence, mas a razão também não deixa de ter seu triunfo. Final feliz.
"Raye Makhfi", que em italiano foi chamado de "O Voto É Secreto", acompanha um dia de eleição no Irã. Um soldado de plantão num local retirado vê-se sujeito a acompanhar uma mulher (!) que conduz a urna eleitoral pelos povoados próximos. Segundo o diretor, a idéia surgiu de documentário de Mohsen Makhmalbaf.



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