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Cinema
Programa mostra obsessão por robôs
LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL
O termo robô (adaptado do
tcheco "robota", trabalho escravo) surgiu em 1921 para designar a máquina que, assumindo as funções degradantes da
labuta diária, libertaria o proletariado e o alçaria a mestre da
criação. Mas a engrenagem capitalista não conduziu as coisas
nessa direção...
O registro, pelo cinema, dessa transição da euforia tecnológica para o temor de um levante
das engenhocas é o tema do primeiro episódio da série "Monstros Adoráveis", que o GNT exibe hoje à noite.
Tendo como ponto de partida o ícone Frankenstein, o programa traça um painel da obsessão humana por brincar de
Deus, esmerando-se na criação
de réplicas ágeis, infalíveis e incansáveis. Na tela grande, o fascínio transparece em "Exterminador do Futuro", "Metrópolis" e "Westworld".
O joguete começa a desandar
quando os andróides ensaiam
um motim, como em "Blade
Runner". Nem assim -como
prova o mais recente "Inteligência Artificial"- o homem se
manca e desativa a linha de
montagem de robôs. A orientação é reproduzir até os sentimentos humanos...
No fim, o programa recorre à
fantasia ciborgue de "Robocop"
para indagar: o robô do futuro,
homem alterado por transplantes e implantes, já não está
entre nós?
MONSTROS ADORÁVEIS
Quando: hoje, às 21h
Onde: GNT
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