São Paulo, quarta-feira, 06 de setembro de 2006

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Cinema

Programa mostra obsessão por robôs

LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O termo robô (adaptado do tcheco "robota", trabalho escravo) surgiu em 1921 para designar a máquina que, assumindo as funções degradantes da labuta diária, libertaria o proletariado e o alçaria a mestre da criação. Mas a engrenagem capitalista não conduziu as coisas nessa direção...
O registro, pelo cinema, dessa transição da euforia tecnológica para o temor de um levante das engenhocas é o tema do primeiro episódio da série "Monstros Adoráveis", que o GNT exibe hoje à noite.
Tendo como ponto de partida o ícone Frankenstein, o programa traça um painel da obsessão humana por brincar de Deus, esmerando-se na criação de réplicas ágeis, infalíveis e incansáveis. Na tela grande, o fascínio transparece em "Exterminador do Futuro", "Metrópolis" e "Westworld".
O joguete começa a desandar quando os andróides ensaiam um motim, como em "Blade Runner". Nem assim -como prova o mais recente "Inteligência Artificial"- o homem se manca e desativa a linha de montagem de robôs. A orientação é reproduzir até os sentimentos humanos...
No fim, o programa recorre à fantasia ciborgue de "Robocop" para indagar: o robô do futuro, homem alterado por transplantes e implantes, já não está entre nós?


MONSTROS ADORÁVEIS
Quando:
hoje, às 21h
Onde: GNT


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