São Paulo, quarta-feira, 06 de setembro de 2006

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Crítica

Humor é trunfo dos trabalhos de Ivan Cardoso

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ivan Cardoso é um artista peculiar. Onde quer que vá, é possível vê-lo, máquina na mão, fotografando pessoas e coisas. Registrando. No cinema, salta do Super-8 ao 35 mm com a mesma desenvoltura com que transita do popular ao erudito.
Isso lhe dá uma flexibilidade única, de tal modo que pode registrar de Mojica Marins a Helio Oiticica, de Moreira da Silva a Goeldi, investigando semelhanças e diferenças entre formas de representação erudita e popular.
Cineasta da geração de 1970, Cardoso tem um tanto do gosto inovador de Bressane, outro tanto do lado cinema popular de Sganzerla e bastante de si mesmo (em especial o humor, que parece usar como arma de sobrevivência).
Seu trabalho pode ser conferido nos belos filmes curtos que passam hoje na sessão "É Tudo Verdade" (Canal Brasil, 14h), apresentada por Amir Labaki.
Atualmente, duas comédias do cineasta continuam inéditas, enquanto o establishment se empenha em lançar filmes risíveis.


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