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SAIBA MAIS
Cantor surgiu com o grupo Talking Heads
DA REDAÇÃO
Na entrevista que concedeu à Folha, David Byrne,
52, lembrava uma versão
tropical de Andy Warhol
(1928-87), o ícone da pop art:
cabelos brancos, terno azul
claro e chinelos.
Natural que seja assim.
Byrne surgiu à cena musical
nova-iorquina em 1974, com
o Talking Heads, grupo que
injetaria pretensões artísticas herdadas da faculdade
no cenário roqueiro da época, de nomes como Ramones e Blondie. Era um corpo
estranho no meio da agressividade punk. A cada disco,
aumentava a aproximação
com a música dançante negra e o funk. Com "Stop Making Sense" (84) e "Little
Creatures" (85), o TH alcança o grande público. A banda terminaria em 1991.
Em 89, Byrne lança o disco
solo "Rei Momo", em que ficariam explícitos seus interesses pela música brasileira.
É nesse período que dedica-se ao selo Luaka Bop, voltado à pesquisa musical nos
cinco continentes; seria o
responsável pelo maior caso
brasileiro de ressurreição
musical ao lançar nos EUA o
baiano Tom Zé.
A música, no entanto, é
apenas parte das atividades
de Byrne. Dirigiu o filme
"Histórias Reais" (86), compôs para espetáculos de dança e lançou livros, como
"The New Sins" (2001), que
incluiu experiências visuais
com o software PowerPoint.
(BYS)
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