São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011 |
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CRÍTICA DRAMA Diretor estreante perde o foco ao tratar de tema forte e já explorado no cinema PAULO SANTOS LIMA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Mesmo infeliz, vem a calhar a tradução que "Beautiful Boy" (menino bonito) recebeu no Brasil. Porque é um tanto "Tarde Demais" que o filme dirigido pelo estreante Shawn Ku chega ao cinema. Tarde porque sua história traz o ato inexplicável de um jovem que desatina, assassina colegas de faculdade e se mata ao final. Mesma pauta de "Elefante" (2003), de Gus Van Sant, que ia bem mais a fundo na questão. E, sobretudo, tarde para centrar foco nos pais do assassino, Bill e Kate (Michael Sheen e Maria Bello), que lidam com a dura perda do filho e a crise do casamento. Tal situação foi mais bem tratada em "O Quarto do Filho" (2001), do italiano Nanni Moretti, e no americano "Entre Quatro Paredes" (2001), de Todd Field. "Tarde Demais" trabalha num registro mais aberto, meio televisivo, colocando várias questões jamais aprofundadas e que, no final, acabam servindo mesmo à performance dos atores. Assuntos caros, como a culpa que o casal sente por sofrer por alguém que também matou e fez outros pais sofrerem, ficam perdidos na esgrima entre Bill e Kate. TARDE DEMAIS DIREÇÃO Shawn Ku PRODUÇÃO EUA, 2010 COM Kyle Gallner e Maria Bello ONDE Frei Caneca Unibanco Arteplex CLASSIFICAÇÃO 14 anos AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Crítica/Antologia: Obra traz conversas entre dois apaixonados pelo cinema Próximo Texto: Vanessa vê TV: A prioridade prioritária Índice | Comunicar Erros |
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