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TELEVISÃO
Record cresce 20%, mas está longe do SBT
João Miguel Jr./TV Globo
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GASTRONOMIA Thiago Lacerda posa entre a cantora Danni Carlos e a atriz Letícia Spiller durante gravação, domingo à tarde, de "Quem Vai Ficar com Mário?", especial de fim de ano da Globo
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
Turbinada pelos investimentos do bispo Edir Macedo e determinada a imitar a Globo, a Record deve fechar 2005 como a rede que mais cresceu no Ibope no ano, mas ainda ficará longe de ameaçar o SBT, apesar de seu slogan "A caminho da liderança".
De janeiro a novembro, a Record aumentou em 20% sua audiência na Grande São Paulo. Na média do dia (7h/24h), registrou 5 pontos, contra 4,1 no mesmo período de 2004. Mas o SBT, a quem persegue e ultrapassa em determinados horários (como às 19h), também cresceu: 8,5%, de 8,4 pontos para 9,1, graças a filmes, desenhos, "Chaves" e novelas mexicanas vespertinas.
O desempenho do "Pânico na TV" impediu que a Rede TV! (que perdeu público à tarde) tivesse queda na média diária. A emissora cresceu um décimo de ponto no Ibope (de 1,6 para 1,7).
A surpresa do ano será uma ligeira queda da Globo. Até novembro, sua média diária era de 21,2 pontos, contra 21,9 em 2004. A emissora se recuperou no período matinal (4%), mas perdeu público à tarde (o principal vilão é o "Vale a Pena Ver de Novo") e à noite (apesar das novelas das seis e das oito, caiu às 19h). A Band também caiu (de 2,1 para 2,0).
Record e SBT não cresceram apenas com o que tiraram da Globo e da Band. Há mais gente vendo televisão aberta neste ano: o total de televisores ligados subiu de 43,5% em 2004 para 44,8%.
OUTRO CANAL
Barriga 1 Em encontro com nove professores universitários no último dia 23, em que apresentou um pouco da rotina diária do "Jornal Nacional", William Bonner se referiu ao telespectador médio do principal telejornal do país como Homer Simpson (o simpático, mas limitado pai de família de "Os Simpsons"), porque teria dificuldade de "entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como BNDES".
Barriga 2 O relato é de Laurindo Lalo Leal Filho, professor da USP, um dos presentes, em artigo na revista "Carta Capital". "O Bonner falou em Homer umas 20 vezes nas três horas do encontro. É chocante pelo preconceito com o público", disse Leal Filho à Folha.
Outro lado O editor-chefe do "JN" apenas respondeu por e-mail que estava "perplexo" com o artigo de Leal Filho. Segundo um diretor da Globo, Bonner só se referiu a Homer no encontro com os professores e que sua intenção foi a de deixar claro que o desafio do "JN" é falar uma linguagem que todos entendam, sem aviltar o acadêmico nem afastar o menos letrado.
Bruxaria O "Fantástico" sobreviveu ileso à exibição do segundo "Harry Potter", domingo à noite pelo SBT. Bateu o filme por 29 a 22 pontos, segundo dados preliminares do Ibope na Grande SP. Mas o longa ganhou de "Sob Nova Direção" (24 a 19).
E-mail - dcastro@folhasp.com.br
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