São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010

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Acervo volta para casa que o abrigou na década de 1940

DE SÃO PAULO

Há um certo sentido de justiça na transferência da biblioteca Jenny Klabin Segall para a Cinemateca. Foi ali que o crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977), um de seus fundadores, na década de 1940, começou a organizar uma biblioteca especializada em cinema.
Por falta de espaço, esse acervo acabou sendo transferido para o museu Lasar Segall, onde sempre foi praticada uma política de aquisição consistente. Por ano, a instituição mantinha a assinatura de cerca de cem periódicos, como a da mítica "Cahiers du Cinéma".
"Faz todo o sentido o retorno à casa desse acervo, porque já possuímos a biblioteca pessoal do Paulo Emílio, que foi doada pela Lygia Fagundes Telles", diz Carlos Magalhães, diretor da Cinemateca.
O nome da biblioteca, que será mantido na nova casa, é uma homenagem a Jenny Klabin Segall (1899-1967), escritora, tradutora de clássicos do teatro alemão e francês, mulher de Lasar Segall e idealizadora do museu.
"Ela era uma pessoa muito ligada ao teatro, fez traduções de muitos dramaturgos, como Racine e Molière. Por isso as artes dramáticas têm tanto espaço na biblioteca", conta Jorge Schwartz, diretor do museu.
Essa seção, que conta com mais de 25 mil textos, foi ainda fortalecida com o acervo dos críticos Lopes Gonçalves e Anatol Rosenfeld.
A biblioteca abarca duas outras áreas: fotografia e rádio e TV. A primeira é composta por livros, periódicos nacionais e estrangeiros, catálogos e artigos publicados na imprensa.
Já sobre rádio e TV, a concentração está na documentação jornalística, a partir de 1974, um ano após a abertura da biblioteca ao público.(FC)


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