São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004

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OUTRA FREQUÊNCIA

Lula pretende investir mais em rádio em 2004

LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Fato: o governo Luiz Inácio Lula da Silva considera o rádio essencial em sua estratégia de marketing. Investiu no veículo em 2003 e quer ampliar o orçamento para as emissoras em 2004.
O balanço da Secom (Secretaria de Comunicação de Governo) -que centraliza as verbas de publicidade do Planalto e das estatais- ficará pronto em fevereiro. Mas, entre os executivos das principais emissoras de São Paulo, a percepção é de que a participação do rádio nos gastos com propaganda supera a de 2002.
Na Bandeirantes, por exemplo, o governo e as estatais eram responsáveis por 4% do faturamento em 2002. No ano passado, a participação subiu para 12%. Dentre os principais anunciantes estão Petrobras, Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Independentemente de cifras, o que animou o setor foi a aproximação com a Secom e as promessas de investimento crescente.
Lula e sua equipe consideram que as AMs e FMs e até as OCs (ondas curtas) são indispensáveis para chegar ao cidadão (leia-se eleitor) das mais remotas regiões do país. Diante disso, também há a intenção de transformar em semanal o programa de rádio de Lula, "Café com o Presidente", hoje quinzenal (o primeiro de 2004 vai ao ar na próxima segunda-feira).
Segundo Caio Barsotti, subsecretário de publicidade da Secom, o investimento em rádio é uma determinação política do governo. Ele afirma que no primeiro ano da gestão, a rádio esteve presente em todas as campanhas governamentais e que, em 2004, a orientação de Lula é aprofundar essa estratégia, produzindo cada vez mais materiais publicitários específicos para as emissoras.
Ele diz que, dessa maneira, Lula consegue mais democratização na mídia e fortalece sua comunicação com os brasileiros. "Quanto mais conseguirmos combinar essas ações, melhor."
De acordo com Barsotti, o rádio tem como desafio ampliar suas informações sobre audiência -um dos critérios adotados pela Secom para distribuir a verba. "Ainda existem muitas cidades em que não há medição."
O Ibope informa que são pesquisadas regularmente nove capitais, e que outros 50 municípios têm pesquisas de duas a quatro vezes por ano.
 
Começaram anteontem as reformas do prédio da Rádio Nacional, no centro do Rio. Reduto central de artistas nas décadas de 40 e 50, a sede da emissora (ligada à Radiobrás) está destruída por cupins e goteiras. As obras terão um custo de cerca de R$ 820 mil, valor a ser custeado pela Petrobras.

laura@folhasp.com.br


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