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Doação tira centro de
referência afro do papel
DA REDAÇÃO
O embrião do centro de referência integrado ao Museu Afro-Brasil, idealizado por Emanoel
Araujo quando ainda era diretor
do espaço, começa a se desenvolver e se configura como sua primeira realização como secretário
municipal de Cultura.
A primeira fase do projeto, com
início nesta semana, é fruto de
uma doação da Nestlé de R$ 300
mil -o dinheiro deve ser usado
para montar a estrutura física do
espaço, instalado no pavilhão Manoel da Nóbrega, no parque Ibirapuera, onde fica o museu. A segunda etapa será a criação de um
sistema informatizado.
"Este é o início de uma parceria
com a Nestlé", afirma Araujo.
"Foi uma doação, sem nenhum
retorno de lei de incentivo."
A proposta é manter e integrar
os acervos iconográfico, bibliográfico e documental da coleção
do próprio secretário, doados em
sistema de comodato à Secretaria
Municipal de Cultura, e criar uma
rede para dispor todo o conteúdo
para consultas on-line. De acordo
com o secretário, também fará
parte do patrimônio uma coleção
do sociólogo e pesquisador da
cultura afro-brasileira Carlos Eugênio Marcondes de Moura.
"O Museu Afro-Brasil vai basear todo seu conceito nesse centro de referência, de história oral.
Será a referência para a vida negra, com personagens importantes e seus depoimentos", diz.
Outra parceria que pode ser firmada com a empresa alimentícia,
mas que ainda está em fase de
análise, é a reestruturação dos
acervos das bibliotecas municipais de São Paulo.
"Vamos percorrer com eles as
bibliotecas para fomentar a questão dos acervos, que estão absolutamente sucateados", disse Araujo.
(JF)
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