São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2010

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CDs

Jazz
O Som Brasileiro de Sarah Vaughan
SARAH VAUGHAN
Gravadora: Sony; Quanto: R$ 20; Avaliação: ótimo
Relançamento do álbum de 1978, o primeiro (e melhor) dos três que a diva do jazz gravou revisitando clássicos da MPB. Entre as nove faixas, aparecem canções como "Travessia" ("Bridges"), com participação do autor, Milton Nascimento, na voz e no violão; "Triste", com Tom Jobim ao piano; e "Das Rosas" ("Roses and Roses"), na companhia do vozeirão de Dorival Caymmi.
POR QUE OUVIR: É um disco antológico: uma das maiores cantoras do mundo se encontra com músicos brasileiros de primeira. Além de Milton, Jobim e Caymmi, Sarah conta com Wilson das Neves (bateria) e Chico Batera (percussão), entre outros. (LUIZA FECAROTTA)

Instrumental
Contos Instrumentais
RICARDO MATSUDA/PATRICIA GATTI
Gravadora: Kalamata; Quanto: R$ 25; Avaliação: ótimo
Viola caipira e cravo estão longe de constituir a mais óbvia das combinações. Contudo, por serem ambos instrumentos de cordas pinçadas, seus timbres se mesclam lindamente, como mostra esse álbum de composições próprias de Ricardo Matsuda, que dedilha viola caipira, viola de cabaça e violão, ao lado do cravo de modelo francês de Patricia Gatti. As obras fundem de maneira surpreendentemente espontânea a tradição oral brasileira, o contraponto barroco e o instrumental contemporâneo.
POR QUE OUVIR: Lirismo, espontaneidade e refinamento fazem desse álbum uma surpresa das mais gratas. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

MPB
Salve a Beleza

MONA GADELHA
Gravadora: Brazibizz Music; Quanto: R$ 20; Avaliação: bom
Em seu quarto disco, a cantora e compositora cearense Mona Gadelha escorrega aqui e ali em momentos de pouca inventividade, como na faixa "Gol", mas ousadia e inteligência predominam no trabalho. Não surpreende ser da dupla Rômulo Fróes/Clima a melhor faixa, "Ou Nada", mas a cantora também se mostra feliz compositora na faixa-título e em "Apenas Meninas" (ambas com os parceiros Alexandre Fontanetti e Moisés Santana, respectivamente).
POR QUE OUVIR: Mona Gadelha foge do óbvio, como provam "Minha Casa É Você" (de autoria de Sylvia Patrícia), "A Dor", que abre o disco, e a sua "Desolado Samba". E isso não é pouco.
(LUIZ FERNANDO VIANNA)

Pop Rock
Sabonetes

SABONETES
Gravadora: Independente; Quanto: R$ 20; Avaliação: bom
Claramente inspirada em grupos que soam -ou já soaram- setentistas, como Strokes e Franz Ferdinand, a banda curitibana acerta em cheio no pop. Parece gringa, mesmo cantando em português -nenhum problema nisso. Ao contrário da maioria das bandas mais ouvidas na web, a Sabonetes tem arranjos e letras mais maduros, o suficiente para se situar um degrau acima da média. E tem potencial para subir mais a escada.
POR QUE OUVIR: Mixando rocks mais clássicos e faixas para ferver pistas indies, o álbum merece ser ouvido por inteiro. As músicas "Hotel" e "Nanana" poderiam estar no rádio. (TARSO ARAUJO)

Pop
Almost Alice

VÁRIOS
Gravadora: Buena Vista; Quanto: R$ 30; Avaliação: regular
Na esteira do comentadíssimo filme dirigido por Tim Burton, chega às lojas brasileiras o CD "Almost Alice", em que diversas bandas criam canções inspiradas no longa e em seus personagens. O disco é uma salada -e meio indigesta. Traz desde bobagens de Avril Lavigne e de bandas genéricas como All-American Rejects a uma canção de Robert Smith (The Cure).
POR QUE OUVIR: Em suas 16 faixas, o álbum traz alguns bons (poucos, é verdade) momentos. Um deles é "The Lobster Quadrille", do Franz Ferdinand. E tem também o Wolfmother. (THIAGO NEY)


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