|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Distribuidoras
pagam em juízo
PATRICIA DECIA
da Reportagem Local
Distribuidoras de filmes estão
depositando em juízo as taxas de
comercialização de produtos audiovisuais, pois contestam a constitucionalidade do pagamento reivindicado pelo secretário do Audiovisual, Moacir de Oliveira.
De acordo com Oliveira, todos
os produtos audiovisuais, por lei,
têm de ser registrados no Ministério da Cultura e pagar uma taxa
para o MinC por sua exibição em
cada segmento (TV paga, TV
aberta e cinema). Sem o pagamento da taxa, não é concedido o certificado de exibição no país.
Elie Wahba, vice-presidente da
20th Century Fox International
Television, afirma que tal contribuição foi estabelecida por decreto, o que a torna inconstitucional.
"A criação de um imposto ou
contribuição tem de ser aprovada
no Congresso", afirmou.
A ação já foi julgada em primeira
instância, com ganho de causa para as distribuidoras. O Ministério
da Cultura apelou e aguarda-se
agora o julgamento em segunda
instância. "Esse tipo de pagamento não existe em nenhum país do
mundo", afirmou Wahba.
O vice-presidente da Fox diz ainda que é impossível cobrar tal taxa
nos casos de exibição gerada fora
do país e transmitida via satélite,
como afirma o secretário.
"A lei, que não é lei, não fala
nem de televisão por assinatura e
muito menos de satélite. Nesse último caso, o secretário está querendo legislar em outros países. É
novidade cobrar de empresas operando fora do país incentivos à indústria local", afirmou Wahba.
TV paga
O Telecine (canais de exibição de
filmes na TV paga) afirmou, por
meio da assessoria de imprensa,
que está fazendo regularmente o
pagamento da taxa de registro no
Ministério da Cultura. Segundo a
assessoria, todos os produtos exibidos nos cinco canais Telecine foram registrados no MinC.
A TV paga havia sido apontada
por Oliveira como um dos agentes
da evasão de pagamento da taxa de
comercialização.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|