São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2011

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Paulínia ainda busca identidade própria

Excesso de diversidade esvazia conceito do festival, que, com melhor premiação, já é um dos principais do país

Mais da metade dos longas foram rodados nos cinco estúdios locais ou em tomadas externas do entorno

DE SÃO PAULO

O Festival de Cinema de Paulínia chega hoje à sua quarta edição já consolidado como um dos principais eventos do gênero no país.
Pelo menos em termos de premiação, é o que melhor paga (total de R$ 800 mil). O júri desta vez será presidido por Sérgio Rezende (de "Salve Geral", 2009).
Como nos anos anteriores, a diversidade na seleção dos filmes é determinante. Não existe uma identidade propriamente entre eles. O arco vai dos mais comerciais àqueles a que se convencionou chamar "de arte". Todos são estreias.
O eixo comum talvez seja mesmo o fato de terem sido produzidos em Paulínia. Mais da metade dos longas que participam do festival foram rodados em um dos cinco estúdios da cidade ou em tomadas externas dentro do seu entorno.
É que, além do festival, hoje orçado em R$ 5 milhões, a prefeitura da cidade disponibiliza através de editais uma verba que oscila de 20% a 35% dos orçamentos totais das produções -serão 16 novas só neste ano.
A regra é filmar na cidade, utilizar mão de obra local e, claro, estreá-lo em Paulínia.
"A ideia justamente é a de retroalimentar a produção cultural na cidade", explica Emerson Alves, 32, presidente do festival e secretário municipal da Cultura.
Completa o chamado projeto do Polo Cinematográfico, o Theatro Municipal, erguido em 2008 e com capacidade para 1.350 pessoas. É nele que se realizam as projeções, com entrada gratuita.
Curiosamente, além do teatro, Paulínia, com 80 mil habitantes e a 120 km de São Paulo, só tem outras duas salas de exibição.
Todo o dinheiro que custeia o projeto do polo vem de uma lei que repassa 1,5% do total da arrecadação de ISS e ICMS do município, que abriga um polo petroquímico.

SHOWS
Como novidade desta edição, haverá shows programados nas três primeiras noites do festival, com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Rita Lee, entre outros.
Ao contrário dos filmes, porém, os shows não serão gratuitos. Os ingressos custarão R$ 120 e acontecerão em uma arena montada ao lado do Theatro Municipal.


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