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Exposição da pré-história à arte contemporânea atrai mais de 1,6 milhão de visitantes
Evento, que atingiu anteontem recorde de público em um dia, com 47.356 pessoas, termina no domingo
Mostra do Redescobrimento massifica a arte brasileira
Moacyr Lopes Jr. - 6.jul.00/Folha Imagem
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Crianças do Jardim Ângela, em visita ao evento, observam a pintura "Tiradentes Esquartejado", de Pedro Américo |
FABIO CYPRIANO
FERNANDA CIRENZA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Mostra do Redescobrimento
massificou a arte brasileira. Em
116 dias de exposição (foram subtraídas as segundas-feiras), foram
contabilizadas 1.671.764 pessoas
que visitaram o evento, até as
12h30 de ontem.
"O número é até modesto, porque a gente só conta o prédio da
Bienal", afirmou Edemar Cid Ferreira, 57, presidente da Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais.
A associação é a entidade que
organiza a mostra aberta ao público em 25 de abril. É a responsável pelas exposições itinerantes
que vão acontecer no Brasil e no
exterior ainda neste ano.
Em termos de comparação, o
clássico São Paulo e Palmeiras
reuniu, no último sábado, cerca
de mil pessoas no estádio do Morumbi, em São Paulo. No mesmo
dia, o Redescobrimento bateu o
seu recorde de público em dias
pagos, com 42.225 mil visitantes.
O recorde total aconteceu anteontem, com 47.356 pessoas.
A Bienal Internacional de Artes
de São Paulo que mais agregou
gente foi a 23ª, realizada em 1996.
A mostra recebeu 398 mil pessoas
em 49 dias. Foi a melhor bilheteria
de toda a história de bienais na cidade. À frente da Fundação Bienal, já estava Cid Ferreira.
Só no mês passado, a média de
público que circulou pela mostra
bateu a da Tate Modern, nova meca das artes plásticas em Londres.
A mostra em São Paulo alcançou
19.497 visitantes por dia, enquanto a inglesa, 19 mil.
Até Milú Villela, presidente do
MAM-SP (Museu de Arte Moderna), que se indispôs com Cid Ferreira nos episódios da posse da
Oca e do adiamento da 25ª Bienal,
elogiou o evento. "Foi um sucesso
de divulgação da arte brasileira."
O que teria levado tanta gente
ao parque Ibirapuera? Primeiro, o
preço dos ingressos, inicialmente
entre R$ 7 e R$ 15, que caiu, em julho, para R$ 5.
Segundo Marcela Carvalho
Campos, ombudsman da mostra,
o maior número de queixas ao
evento se referia aos preços das
entradas, o que impedia a população de baixa renda de visitar os
três pavilhões.
A organização da mostra realizou algumas promoções, que incluíram visitas gratuitas de alunos
de escolas públicas e de grupos de
comunidades e bairros carentes
da periferia de São Paulo.
"Ajudei muito a fazer esse número. Trouxemos para cá umas
800 mil pessoas de graça. Alugamos 60 ônibus para trazer essa
gente", afirma Cid Ferreira. Desde
o último domingo, as catracas da
Mostra do Redescobrimento estão liberadas. A organização
mantém a gratuidade até o encerramento, às 22h do domingo.
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