São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Fotógrafo retrata impunidade e indiferença em nova exposição Ding Musa abre mostra com fotos, instalações e vídeos inéditos IARA CREPALDI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O fim da escada da galeria Transversal leva a uma longa curva de tijolos enfileirados, que continuam através de filetes partidos de espelho. "Infinito" é uma das obras de "Os Buracos que Nós Cavamos", quarta individual do fotógrafo paulistano Ding Musa, 32, com instalações, fotos e vídeos inéditos. Nas paredes, as imagens remetem ao estilo alemão de fotograr a decadência da sociedade pós-industrial: carros destruídos, paisagens urbanas, construções vazias. Quase sempre, registrados de frente, com um colorido sofisticado e o domínio técnico preciso para integrar exibições em Londres, Lisboa, Berlim e Veneza (onde participa da 54ª Bienal) ou as coleções do MAM-SP e RJ. Ding compõe suas fotos em pares, dípticos quase idênticos e manipulados para questionar o olhar. O céu vira mar e o contrário. "Não faço fotografia para sujar o mundo e enfeitar casa de bacana. As obras retratam a impunidade, o lixo, a indiferença", diz, apontando uma composição de carros queimados e dois vídeos. Em um deles, milhares de urubus sobrevoam o céu azul; no outro, a multidão das ruas de Ramallah, Cisjordânia, passa inabalável por uma fenda gigante no chão. Os buracos que Ding cavou para a exposição estão até nas obras aparentemente mais ingênuas, como a colorida série de espelhos -será que refletem a realidade? DING MUSA QUANDO ter. a sex., das 11h às 20h; sáb., das 11h às 14h; até 15/10 ONDE Galeria Transversal (rua do Bosque, 206; tel. 0/xx/11/3392-5287) QUANTO grátis Texto Anterior: Diretor modifica filme para mostrar catástrofe no Japão Próximo Texto: Marcelo Coelho: Missa cantada Índice | Comunicar Erros

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