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MAM faz a maior mostra off-Bienal
Exposição na Oca, que será inaugurada no dia 16, faz reflexão sobre os 60 anos da instituição e tem obras do acervo do MAC
Em referência à 28ª Bienal, galeria Luisa Strina convida artistas para deixar espaço vazio; "Paralela" tem menos artistas em galpão reformado
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é só a 28ª Bienal de São
Paulo que irá se debruçar sobre
suas entranhas, no caso, o seu
arquivo, que será um dos temas
na limitada área expositiva do
evento -o terceiro andar do
pavilhão da Bienal.
A maior mostra do circuito
off-Bienal, "MAM, 60", que será inaugurada no dia 16, na Oca,
será uma reflexão sobre os 60
anos da instituição, a partir de
seu acervo, com curadoria de
Annateresa Fabris e Luiz Camillo Osorio.
Com mais de 500 obras,
"MAM, 60" contará não só com
obras da coleção do museu, como também com 45 trabalhos
que hoje pertencem ao Museu
de Arte Contemporânea
(MAC), mas que originalmente
pertenciam à instituição, até
Ciccillo Matarazzo tê-los doado à USP, em 1963.
Também aproveitando a temática da 28ª Bienal, o vazio, a
galeria Luisa Strina apresenta
"This Is Not a Void" (isto não é
vazio), com curadoria do costa-riquense Jens Hoffmann. Com
a participação de mais de 30 artistas de renome internacional,
entre eles a dupla Elmgreen &
Dragset, Marcel Duchamp, Robert Morris e David Lamelas, a
mostra será composta por trabalhos desmaterializados, imateriais ou efêmeros, o que fará
com que a galeria seja um espaço fisicamente vazio, mas cheio
de obras, ao mesmo tempo.
"O que freqüentemente chamamos de espaço vazio não é
nada vazio, mas na verdade
cheio de vários tipos de moléculas que compõem nossa atmosfera. De um ponto de vista
filosófico, um espaço geográfico ou um local nunca são vazios, pois sempre refletem seu
contexto e estão carregados de
sua história cultural e política",
afirma Hoffmann, no catálogo
da exposição.
Já a mostra mais tradicional
do circuito off-Bienal é a "Paralela", em sua quarta edição, e
que neste ano ocupa um novo
espaço: um galpão de 1912 do
Liceu de Artes e Ofícios de São
Paulo. A cargo de Rodrigo Moura, curador do Centro de Arte
Contemporânea Inhotim, em
Minas Gerais, a "Paralela", que
deve ser inaugurada no dia 26,
reunirá obras de 60 artistas de
11 galerias paulistanas, contra
os 146 de 12 galerias da edição
anterior.
Também será destaque na
programação de outubro, com
inauguração no dia 25, a mostra
da artista espanhola Cristina
Iglesias, na Pinacoteca do Estado. Referência internacional na
cena contemporânea, Iglesias
irá ocupar o Octógono e áreas
adjacentes, com uma obra
composta especialmente para o
local.
(FABIO CYPRIANO)
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