São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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MAM faz a maior mostra off-Bienal

Exposição na Oca, que será inaugurada no dia 16, faz reflexão sobre os 60 anos da instituição e tem obras do acervo do MAC

Em referência à 28ª Bienal, galeria Luisa Strina convida artistas para deixar espaço vazio; "Paralela" tem menos artistas em galpão reformado


DA REPORTAGEM LOCAL

Não é só a 28ª Bienal de São Paulo que irá se debruçar sobre suas entranhas, no caso, o seu arquivo, que será um dos temas na limitada área expositiva do evento -o terceiro andar do pavilhão da Bienal.
A maior mostra do circuito off-Bienal, "MAM, 60", que será inaugurada no dia 16, na Oca, será uma reflexão sobre os 60 anos da instituição, a partir de seu acervo, com curadoria de Annateresa Fabris e Luiz Camillo Osorio.
Com mais de 500 obras, "MAM, 60" contará não só com obras da coleção do museu, como também com 45 trabalhos que hoje pertencem ao Museu de Arte Contemporânea (MAC), mas que originalmente pertenciam à instituição, até Ciccillo Matarazzo tê-los doado à USP, em 1963.
Também aproveitando a temática da 28ª Bienal, o vazio, a galeria Luisa Strina apresenta "This Is Not a Void" (isto não é vazio), com curadoria do costa-riquense Jens Hoffmann. Com a participação de mais de 30 artistas de renome internacional, entre eles a dupla Elmgreen & Dragset, Marcel Duchamp, Robert Morris e David Lamelas, a mostra será composta por trabalhos desmaterializados, imateriais ou efêmeros, o que fará com que a galeria seja um espaço fisicamente vazio, mas cheio de obras, ao mesmo tempo.
"O que freqüentemente chamamos de espaço vazio não é nada vazio, mas na verdade cheio de vários tipos de moléculas que compõem nossa atmosfera. De um ponto de vista filosófico, um espaço geográfico ou um local nunca são vazios, pois sempre refletem seu contexto e estão carregados de sua história cultural e política", afirma Hoffmann, no catálogo da exposição.
Já a mostra mais tradicional do circuito off-Bienal é a "Paralela", em sua quarta edição, e que neste ano ocupa um novo espaço: um galpão de 1912 do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. A cargo de Rodrigo Moura, curador do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Minas Gerais, a "Paralela", que deve ser inaugurada no dia 26, reunirá obras de 60 artistas de 11 galerias paulistanas, contra os 146 de 12 galerias da edição anterior.
Também será destaque na programação de outubro, com inauguração no dia 25, a mostra da artista espanhola Cristina Iglesias, na Pinacoteca do Estado. Referência internacional na cena contemporânea, Iglesias irá ocupar o Octógono e áreas adjacentes, com uma obra composta especialmente para o local.
(FABIO CYPRIANO)



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