|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Giancarlo Guerrero rege em São Paulo obra de Mahler
Maestro costarriquenho comanda a Osesp hoje, amanhã e sábado na execução da "Sinfonia n.3" do austríaco
Músico radicado nos EUA, onde é regente titular da Sinfônica de Nashville, diz que obra é grandiosa, mas simples
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Aos 41 anos de idade, o
maestro costarriquenho
Giancarlo Guerrero rege pela
primeira vez em São Paulo
nesta semana. No programa,
uma das obras-primas do
austríaco Gustav Mahler
(1860-1911): a "Sinfonia n. 3".
Com uma hora e 40 minutos de duração, a obra requer, além da Osesp, a participação de coro feminino e
infantil e de uma excelente
contralto, a francesa Nathalie Stutzmann, para cantar
textos de Nietzsche ("Assim
Falava Zaratustra") e da coletânea "A Trompa Mágica do
Menino".
"É uma sinfonia grandiosa, mas, do ponto de vista logístico, simples para o maestro, porque Mahler foi um
grande regente e deixou tudo
anotado meticulosamente. A
gente não tem que adivinhar
nada", explica.
Nascido na Nicarágua, ele
se mudou para a Costa Rica
na infância. Futuramente,
Guerrero adotaria a nacionalidade costa-riquenha.
REGÊNCIA
Na pátria adotiva, começou a estudar percussão e foi
só durante a graduação, no
Texas (EUA), que sua atenção se voltou para a regência.
"O frustrante para um jovem regente é não ter oportunidades de praticar. Na Costa
Rica, não temos Exército,
mas há bandas militares em
todas as províncias e foi com
uma delas que pude começar
a ter na mão uma baqueta."
Ele tocava percussão na
Sinfônica de San José, capital
da Costa Rica, e regia uma
banda local, até que seu talento foi detectado por José
Antonio Abreu, 71, o responsável pelo grandioso sistema
de orquestras jovens estabelecido na Venezuela em 1975.
Depois de três anos venezuelanos, acabou se radicando nos EUA, onde é regente
titular da Sinfônica de Nashville (Tennessee).
Mas confessa uma certa
nostalgia dos tempos de músico de orquestra: "Sinto falta da camaradagem, de poder ficar tirando sarro dos regentes. O trabalho de maestro é muito solitário".
GIANCARLO GUERRERO E
OSESP
QUANDO hoje e amanhã, às 21h;
sáb, às 16h30
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio
Prestes, 16, tel. 0/xx/11/3223-3966)
QUANTO R$ 36 a R$ 122
Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Maestro defende música latina em debate na Folha Índice | Comunicar Erros
|