São Paulo, quarta, 7 de outubro de 1998

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DA RUA
Último a saber

FERNANDO BONASSI

Essas pinturas modernas que rabiscam tua cara e essas pernas de fora em pleno inverno do coração gelado têm dado o que falar à vizinhança que não cuida sequer da própria vida. Você me diz que anda solta por aí sem fazer nada, mas os comentários mais alarmantes são disparados contra minhas costas, sob a forma de tapinhas insuspeitos dos nossos velhos amigos. Tenha dó dessas dores de cabeça! Aqui e aqui... uma de cada lado do meu eu chifrado. Ficarei decorado como parede de caçador selvagem? Serei o último a saber o que já imagino envergonhado de mim?



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