São Paulo, quarta, 7 de outubro de 1998

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GASTRONOMIA
Fauchon chega entregando em casa

JOSIMAR MELO
especial para a Folha

Mais perto, impossível. Antigamente para comprar produtos da centenária casa francesa Fauchon era preciso ir até a própria loja, na praça da Madeleine, em Paris.
Desde que os produtos passaram a ser importados no país, quatro anos atrás, a coisa ficou mais fácil -mas era preciso ir a uma das lojas de alimentos finos nas principais capitais brasileiras para comprá-los.
Agora isso é passado. Começou a funcionar esta semana no Brasil um serviço de entrega em domicílio dos produtos Fauchon.
Suas terrinas de "foie gras", suas ervas de Provence, seus chás, condimentos e iguarias em geral podem agora ser pedidos em casa, por telefone.
É verdade que, embora a entrega possa ser feita em todo o país, a demora pode chegar a até sete dias. E também não é possível escolher aleatoriamente o que se deseja: os produtos virão em quatro kits diferentes, cada um com um enfoque, e a preço fechado; o consumidor deve ficar restrito a um deles.
"Nossa idéia é entregar produtos diferenciados para um público diferenciado", resume Geraldo Brasil, que lançou o serviço num jantar no restaurante Roanne, em São Paulo, anteontem à noite.
Ele acaba de montar uma empresa que inicialmente distribuirá os produtos da Fauchon, importados pela Casa da França. Depois, deve trabalhar com outros produtos do mesmo nível.
Segundo ele, as aparentes restrições à escolha dos itens a serem pedidos têm uma compensação: o preço, afirma, será o mesmo praticado nas lojas onde os produtos Fauchon existem. Nada será cobrado pelo envio (feito por avião) e pela entrega em casa.
² Tradição
A loja Fauchon nasceu em 1886, na mesma praça onde está -muito ampliada- até hoje. Em 1907 a loja passou a ter também um salão de chá e adegas, e desde 1925 um restaurante.
Além de vender produtos de fora, a loja também confeccionava (como até hoje) geléias, pães, doces, conservas. Em 1935 chegou a vender 6 mil croissants por dia.
Auguste Fauchon morreu em 1938. Em 1952, a loja foi comprada por Joseph Pilosoff, cuja neta, Martine Premat, dirigiu a empresa até o início deste ano, quando ela foi vendida a outro empresário.
Na praça da Madeleine a empresa ocupa vários imóveis, por onde se distribuem as cozinhas de salgados e doces, quatro restaurantes, além das seções especializadas -uma loja é de bebidas, outra de frutas e legumes, outra de pratos prontos, outra de alimentos em conserva.
Por meio de filiais, franquias ou representantes que distribuem seus produtos, a Fauchon hoje está presente em mais de 40 países.



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