A 11ª edição do Mix Brasil começa quinta-feira com o esperado "Party Monster", o filme sobre a cena club kid de Nova York nos anos 90, tendo Macaulay Culkin no papel do clubber que, num surto de droga, matou seu traficante (a história é verdadeira e Michael Alig, seu protagonista, está preso até hoje). Trata-se da mais consistente e articulada realização do festival, com 144 produções em cinema e vídeo, batendo recorde do número de longas (44). Outras novidades são o patrocínio da Petrobrás, Centro Cultural Banco do Brasil e co-patrocínio da prefeitura, por meio das secretarias de Educação, Cultura e Saúde. O Mix Brasil entra em cartaz em outros importantes espaços culturais de São Paulo, como o Centro Cultural Banco do Brasil, MIS, Espaço Unibanco, Centro Cultural São Paulo, Cinusp (com uma retrospectiva de filmes do inglês Derek Jarman) e Cinearte, onde a deliciosa Marisa Orth apresenta dia 17 o Show do Gongo. Até a Hebraica abre as portas para o Mix, exibindo dia 21 o filme gay israelense "Yossi & Jagger", Centros Educacionais Unificados (CEUs) de Aricanduva, Rosa da China, Cidade Dutra e Perus. O Mix também vai mostrar o filme que ganhou o Teddy Bear em Veneza neste ano, "Fale que Nem Homem: Gays na Zona Rural", sobre os únicos (quatro) gays de uma cidade rural no oeste da Alemanha. O festival rola em Brasília, de 26/11 a 7/12, e, no Rio, de 9 a 14/12. Se joga que este ano o babado vai ser fortíssimo. O apelo de personalidades gays aparece nos filmes sobre Gore Vidal e Rosa von Praunheim, enquanto um viés mais sociológico e atual é o link de produções como o polêmico "O Presente", em que a diretora Louise Hogarth relata o "bug chasing" e o "gift giving", respectivamente o comportamento de contrair e transmitir deliberadamente o vírus da Aids.

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DA PRETA GIL, COM SOMMER E... SEXO
É do estilista paulistano Marcelo Sommer o figurino de Preta Gil no show no Canecão, no Rio. "Respeitei as vontades e os desejos dela", conta Sommer, que fez um megamix de roupas suas com peças vintage, como o top de paetê e lantejoula do brechó Minha Vó Tinha. Gostando-se ou não, Preta Gil é um dos nomes mais interessantes entre as quase sempre previsíveis celebrities brasileiras.

CARL COX É FOFO, MAS NÃO DÁ TRÉGUA
Foi beeem animada a primeira apresentação do DJ Carl Cox em São Paulo, que rolou anteontem num lotadérrimo Manga Rosa (até o tenista Guga estava lá). Entrou às 2h20, com direito a aplausos, mãos para o alto e gritaria. Amanhã ele toca de novo na cidade, no Espaço das Américas, galpão à r. Tagipuru, 795, Barra Funda, SP. O convite antecipado nas lojas Triton custa R$ 40 e na hora fica por R$ 60. Se joga.

CONSTANÇA BASTO ABRE LOJA EM SP
Demorou. Abre terça no shopping Iguatemi a primeira loja da designer de calçados Constança Basto. Espécie de Manolo Blahnik carioca, Constança tem lojinha na charmosa Ipanema Secreta e em NY, com seu característico papel de parede com listras laranjas e brancas, mas seu espaço no terceiro piso do Iguatemi será o maior dos três (ali no andar do America). O design é tudo: feminino e contemporâneo, desenhando os pés como poucos. Agrada de Nicole Kidman a Cameron Diaz, passando por Sarah Jessica Parker. Mas corra: a grade de numeração é um drama, já que a produção é pequena e todo mundo quer.

PLANETA FASHION PEGA FOGO
O mundo da moda está chocado com a notícia da saída de Tom Ford e do chairman Domenico De Sole do grupo Gucci, com o fim do contrato deles em abril de 2004. As negociações de renovação com o megaconglomerado PPR (Printemps Pinault Redoute, que detém a maioria da Gucci) empacaram nos poderes que a dupla gostaria de continuar tendo, mas a saída deles foi de fato surpresa, já que tudo parecia estar caminhando bem. Assim, a próxima temporada de fevereiro/março será a última de Ford à frente da Gucci e também da Yves Saint Laurent (por sua vez, Saint Laurent falou à imprensa que adorou a notícia: "Ele não cristalizou meu estilo"). Naturalmente, há muita especulação sobre o futuro dos dois. Ambos negam o interesse na Versace -fofoca quente no meio da moda internacional-, mas vazou o telefonema dado por Bernard Arnault (do conglomerado concorrente, o LVMH) para Ford. Colegas do estilista informaram à imprensa sobre o interesse do mercado de Hollywood no designer, que chegou a trabalhar como ator (sua formação é de arquiteto) e nunca escondeu a vontade de dirigir um filme. Diretor criativo da Gucci desde 94, segundo os rumores, Ford está triste -como sua equipe-, enquanto De Sole continua trabalhando normalmente. Nomes para a Gucci: McQueen e Ghesquière; para a YSL, Viktor & Rolf (boa idéia).

SAEM DATAS DOS DESFILES DE INVERNO
Saíram as datas da temporada de inverno 2004 no Brasil. A São Paulo Fashion Week de inverno tem seu start oficial no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade, com um desfile com os estilistas participantes criando looks em homenagem à cidade. Depois, engrena na quarta-feira (28), prosseguindo, por sete dias, até a quarta seguinte (4 de fevereiro). O mote deste ano será antropofágico, valorizando a força de mistura da cidade, na curadoria de Daniela Thomas e sua equipe, que inclui Mauricio Ianes. Seu diretor, Paulo Borges, quer promover nos dias anteriores ao evento um fórum de discussão sobre jornalismo e comunicação de moda; negócios e varejo, e distribuição e mercado. Segundo ele, outra novidade serão os intervalos de 90 minutos entre um desfile e outro, garantindo mais organização, medida reforçada com o aumento do espaço físico dos camarins. Uma ou duas marcas deverão entrar ainda nesta edição, sob a aprovação do comitê do evento. A Coopa-Roca, que desfilou na última temporada, vai estar na programação oficial com patrocínio da C&A, sem passar pelo comitê: "Elas não são estilistas, são artesãs. Queremos dar espaço aos trabalhos sociais". Sobre o ingresso de Clodovil, Borges diz que ele seria bem-vindo, mas que não foi feito um "convite concreto": "Foi mais poesia". Segundo o diretor do evento, "poderá até ser criado um desfile como foi feito com a Coopa-Roca, mas fora do line-up oficial". Eloysa Simão, do Fashion Rio, informou ontem suas datas: de 6 a 9 de fevereiro. André Hidalgo, da Casa de Criadores, confirmou também seu evento de 19 a 22 de janeiro, de volta ao shopping Frei Caneca. E vem mais moda por aí, já que no verão 2005 a SP Fashion Week quer ter ainda mais participantes, tendo em vista 60 nomes em 2006.


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