da Sucursal do Rio

Na noite de entrega do prêmio de R$ 25 mil concedido pelo Ministério da Cultura para oito artistas, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o cineasta Walter Salles não pôde comparecer, mas, mesmo assim, roubou a cena.
Salles, que está em Nova York para o lançamento de "Central do Brasil" no mercado dos EUA, fez anunciar que daria o dinheiro recebido a duas pessoas que foram fundamentais para a realização de seu premiado longa.
Repartirão os R$ 25 mil a ex-presidiária Socorro Nobre, que inspirou Salles, por escrever cartas para detentos analfabetos, e o jovem ator Vinícius de Oliveira, protagonista de "Central do Brasil".
Em sua quarta edição, o prêmio criado pelo ministro Francisco Weffort visa destacar o trabalho de artistas que, em diferentes áreas, contribuíram para o desenvolvimento da cultura brasileira.
"Esse prêmio significa um compromisso do governo federal com o reconhecimento da dívida do nosso país com os nossos artistas", disse Weffort, no início da festa de premiação, na noite de anteontem.
Foram premiados em 1998 Paulo Mendes da Rocha (arquitetura e urbanismo), Ivaldo Bertazzo (artes cênicas), Fayga Ostrower (artes plásticas), Walter Salles (cinema-audiovisual), Banda Sinfônica Wilson Fonseca (cultura popular), Josué Montello (literatura/prosa), Manoel de Barros (literatura/poesia) e Milton Nascimento (música).
O ator Paulo Betti anunciou a entrega dos prêmios. Ao se pautar pelo roteiro da produção do espetáculo, cometeu uma gafe. Disse que estava no teatro o governador Marcello Soares. Minutos depois, avisado do erro, voltou ao palco e corrigiu: "Naturalmente, o governador do Rio é Marcello Alencar".



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