São Paulo, quinta-feira, 07 de dezembro de 2006

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Crítica

Remake mostra um Spielberg burocrático

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não chego a compreender muito bem a preferência de muita gente pelo "Guerra dos Mundos" original (1953) contra o remake realizado por Spielberg que o Telecine Premium exibe hoje às 19h50.
O filme de Byron Haskin é modesto, embora se beneficie de ótimos efeitos. O de Spielberg tem uma produção ambiciosa e efeitos que colam nos do filme de 1953, mas há um quê burocrático semelhante ao de alguns de seus outros trabalhos: é como se fosse preciso fabricar um novo Spielberg de tempos em tempos, então mãos à obra.
Este também não nega a origem. Lá está Tom Cruise na pele de um homem com relações extremamente vagas com a família. A invasão alienígena e a guerra decorrente servirão de pretexto, sobretudo, para que se restaure o elo familiar.
Talvez a melhor "Guerra dos Mundos" ainda seja aquela do rádio, de Orson Welles, nos anos 30. O mito, afinal, sempre é melhor.


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