São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2007

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She Wants Revenge se cerca de referências do pós-punk

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles têm apenas uma grande música e se aproveitaram do revival pós-punk que tomou conta do pop nos últimos anos. Foi o suficiente para a dupla norte-americana She Wants Revenge cavar escalações nos maiores festivais do mundo e um lugar no Nokia Trends, que ocorre amanhã em São Paulo.
O duo, formado pelo vocalista e tecladista Justin Warfield e pelo baixista e tecladista Adam Bravin, é dono da pungente "Tear You Apart", música que puxou o primeiro disco da banda, homônimo, lançado em 2006, e que traz fortes lembranças de artistas como Joy Division, Bauhaus e The Cure.
Mas são exatamente essas referências que alimentam críticas à dupla -antes de formar o SWR, Warfield e Bravin produziam faixas de rap. E, aí, passaram a ser tachados de oportunistas. Quando o SWR surgiu, em 2005, o pós-punk estava sendo resgatado e fazia de gente como Bloc Party e Interpol bandas bem-sucedidas.
Warfield, cujo modo de cantar é comparado ao de Ian Curtis (1956-80), do Joy Division, refuta as críticas e diz não se incomodar com as comparações.
"Essas bandas [citadas acima] nos influenciaram mesmo. Como Psychedelic Furs, Tears for Fears, Depeche Mode, The Smiths, bandas que foram importantes para nós. Mas não acho que She Wants Revenge soe como Joy Division. Tenho a voz parecida [com a de Curtis], mas pode-se falar o mesmo em relação às de Iggy Pop, Lou Reed, Jim Morrison", afirma, por telefone, dos EUA, à Folha.
"Não temos tanta influência de Joy Division como pensam por aí. Somos mais parecidos com Cure e Depeche Mode."

Dance music com vigor
Se em estúdio (além do disco homônimo, o duo lançou neste ano "This Is Forever"), o SWR é uma dupla, nas apresentações ao vivo eles ganham um baterista e de um guitarrista. "Ao vivo há mais energia, mais força."
O hit do SWR, "Tear You Apart", embaralha momentos de tensão e de um vigor quase físico, mas Warfield gosta de classificar a banda como dance music. "Somos mais eletrônicos do que rock and roll. Se tivéssemos que escolher entre guitarras e bateria ou teclados e bateria eletrônica, ficaríamos com os últimos. Mas essa linha é muito tênue, então vamos para os dois lados."
(TN)


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