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She Wants Revenge se cerca de referências do pós-punk
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles têm apenas uma grande
música e se aproveitaram do
revival pós-punk que tomou
conta do pop nos últimos anos.
Foi o suficiente para a dupla
norte-americana She Wants
Revenge cavar escalações nos
maiores festivais do mundo e
um lugar no Nokia Trends, que
ocorre amanhã em São Paulo.
O duo, formado pelo vocalista e tecladista Justin Warfield e
pelo baixista e tecladista Adam
Bravin, é dono da pungente
"Tear You Apart", música que
puxou o primeiro disco da banda, homônimo, lançado em
2006, e que traz fortes lembranças de artistas como Joy
Division, Bauhaus e The Cure.
Mas são exatamente essas referências que alimentam críticas à dupla -antes de formar o
SWR, Warfield e Bravin produziam faixas de rap. E, aí, passaram a ser tachados de oportunistas. Quando o SWR surgiu,
em 2005, o pós-punk estava
sendo resgatado e fazia de gente como Bloc Party e Interpol
bandas bem-sucedidas.
Warfield, cujo modo de cantar é comparado ao de Ian Curtis (1956-80), do Joy Division,
refuta as críticas e diz não se incomodar com as comparações.
"Essas bandas [citadas acima] nos influenciaram mesmo.
Como Psychedelic Furs, Tears
for Fears, Depeche Mode, The
Smiths, bandas que foram importantes para nós. Mas não
acho que She Wants Revenge
soe como Joy Division. Tenho a
voz parecida [com a de Curtis],
mas pode-se falar o mesmo em
relação às de Iggy Pop, Lou
Reed, Jim Morrison", afirma,
por telefone, dos EUA, à Folha.
"Não temos tanta influência
de Joy Division como pensam
por aí. Somos mais parecidos
com Cure e Depeche Mode."
Dance music com vigor
Se em estúdio (além do disco
homônimo, o duo lançou neste
ano "This Is Forever"), o SWR é
uma dupla, nas apresentações
ao vivo eles ganham um baterista e de um guitarrista. "Ao vivo há mais energia, mais força."
O hit do SWR, "Tear You
Apart", embaralha momentos
de tensão e de um vigor quase
físico, mas Warfield gosta de
classificar a banda como dance
music. "Somos mais eletrônicos do que rock and roll. Se tivéssemos que escolher entre
guitarras e bateria ou teclados e
bateria eletrônica, ficaríamos
com os últimos. Mas essa linha
é muito tênue, então vamos para os dois lados."
(TN)
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