Muito elogiada no Brasil, a fascinante coleção de Alexandre Herchcovitch foi recebida com reservas nos EUA.
O site "Style.com", ligado à revista "Vogue", disse que, neste desfile, faltou ao estilista a clareza de propósito de suas últimas coleções.
Herchcovitch, Iódice e Carlos Miele foram as três grifes brasileiras que apresentaram suas coleções em Nova York.
Até quarta, o desfile da Iódice -que fez sua estréia em Nova York nesta temporada- tinha merecido poucas, mas favoráveis, palavras da crítica.
Para a "WWD", a grife exibiu peças corretas para seu "transplante" nova-iorquino.
Miele mostrou uma coleção eficiente, mas menos inspirada do que a do último verão.
Ele se baseou em Frank Gehry e Zaha Hadid, mas teve pouco fôlego para levar as formas radicais dos dois arquitetos à modelagem.
Detalhes mais arrojados se perderam em formas convencionais. A hesitação do estilista -entre a convenção e a vanguarda- se refletiu também no styling e na apresentação, que tiveram pouca unidade.
Inclinado à exuberância das formas, como nos charmosos longos estampados que voltou a exibir, Miele faria melhor se assumisse de vez o seu gosto pelo glamour total, com aquele toque brasileiro e contemporâneo que ele pode dar.


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